Manaus, AM – Trabalhadores que operam o transporte público de Manaus voltam a desrespeitar a população e novamente paralisaram linhas de ônibus na manhã desta terça-feira (21). A paralisação ocorre quase um mês após o aumento da tarifa, que subiu de R$ 3 para R$ 3,30 no dia 26 de janeiro.Os trabalhadores cobram o pagamento do dissídio além da quinzena, que deveria ter sido quitada na segunda-feira (20).
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, disse que, inicialmente, 70% da frota foi paralisada por volta das 6h, mas esse percentual caiu para 50%, segundo ele.
“A categoria parou por atraso de pagamento, que era para ter sido pago ontem e a empresa não tem nem previsão, mesmo com o aumento da passagem. Estão de brincadeira com a gente. Houve apenas boas conversas, mas acordo que é bom, nada”, disse.

“Vamos liberar 50% dos veículos, principalmente os articulados para amenizar um pouco o sofrimento dos usuários. Ninguém gosta de fazer greve, mas os trabalhadores resolveram cruzar os braços revoltados com a situação e a falta de acordo com os empresários”, disse o motorista Nogueira Felix, funcionário da empresa Global, que opera nas Zonas Norte e Leste.
A atendente Noelma Souza, de 39 anos, disse que chegou no ponto de ônibus às 5h30. Às 06h10, ela ainda aguardava a linha 671, na Alameda Cosme Ferreira para ir ao trabalho no Detran, Avenida Recife.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) informou não ter sido comunicado da paralisação e que desconhece causas do movimento.
Ainda conforme o Sinetram, apenas 30% da frota de todas as empresas está operando, cerca de 400 carros dos 1350 que operam diariamente. O Sinetram informa que vai acionar a justiça para que as medidas cabíveis sejam tomadas.
Ônibus parados na garagem da empresa Global (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
O aumento da passagem ocorreu no dia 26 de janeiro deste ano, uma semana depois da greve que paralisou 100% da frota na capital. À época, o vice-prefeito de Manaus, Marcos Rotta, afirmou que o valor estava defasado.
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