A pizzaria abre falência

Osny Araújo*

Como cidadão brasileiro estou profundamente satisfeito com os resultados até agora obtidos no julgamento do famoso “mensalão”, caracterizado entre os vários, como o maior escândalo do Governo petista, ocorrido ainda no primeiro mandato do ex-presidente Lula, que segundo os julgadores da Corte Suprema da Justiça brasileira foi arquitetado e comandado pelo ex-todo poderoso José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil, deputado cassado e agora condenado pelas falcatruas ocorridas com o “esquema mensalão”, sempre negado pelo então presidente Lula, que teve como dedo duro o também condenado ex-deputado federal Roberto Jefferson, do PTB, que terminou fazendo um bem.

Confesso que estava meio receoso que esse julgamento também terminasse em pizza, conheço alguns ministros famosos que temos por lá, mas felizmente, temos um relator firme, o ministro Joaquim Barbosa, que assumirá a presidência da instituição e compromissado com o Brasil, mas infelizmente o mesmo não se pode dizer do ministro-revisor Ricardo Lewandowski que mesmo tentando desvirtuar o julgamento, a maioria dos ministros vota com sabedoria e reescrevendo a história do judiciário brasileiro, que na realidade, anates de julgar o “mensalão”, está se autojulgado e, diga-se de passagem, com imparcialidade e sabedoria a justiça vem sendo distribuída e isso só serve para fortalecer a democracia em que vivemos. É a velha história: Antes tarde do que nunca.

Essa falência da pizzaria em Brasília, foi festejada por uma ruidosa manifestação em Brasília, lá pelas bandas dos Três Poderes, mais precisamente em frente ao Supremo Tribunal, desta feita para demonstrar a satisfação da sociedade com os resultados do julgamento do “mensalão”, principalmente, pelas punições impostas aos seus cabeças e não apenas aos cuidados dos menores participantes que às vezes nem sabiam o que estavam fazendo e muito menos, que estariam cometendo crimes.

A manifestação de contentamento, terminou com um emocionado cântico do Hino Nacional Brasileiro.
Na verdade, os manifestantes não estavam comemorando as comemorações pelos tristes e criminosos atos praticados contra a nação, mas sim, o ressurgimento da Justiça, da aplicação clara e simples da Lei, do fim da impunidade e mais que isso, um momento de mudanças para um Brasil melhor, mas organizado, fraterno, justo, democrático, igual e com distribuição da justiça de forma imparcial, sejam os réus gordos ou magros, pobres ou ricos, poderosos ou não. Todos somos iguais perante a Lei e desta vez, os brasileiros tiveram orgulho do seu Judiciário.

Segundo se informa, o “mensalão” movimentou com a “compra de votos políticos” pelo PT no Congresso Nacional, cerca de R$ 100 milhões, com alguns milhões de um Fundo do Banco do Brasil, que dificilmente será recuperado pelo Tesouro. Uma lástima.

A firme decisão dos ministros do STF, que na sua maioria acompanhou o voto do destemido e competente relator Joaquim Barbosa, que em momento alguém se intimidou, contestou colegas, bateu boca com o revisor Lewandowski e manteve firme as suas posições e dessa forma, com raras exceções, a maioria dos ministrou demonstrou claramente que é possível sim, separar o joio do trigo e foi o que a Suprema Corte fez, no seu mais importante e complicado julgamento dos últimos e dessa forma, escreve uma nova e brilhante pagina na sua história.

Na verdade, uma página de esperança no seio da própria história da brasileira nação, aplicando um golpe mortal da impunidade que parecia esta incorporada a cultura dos brasileiros e nos faz pensar com serenidade que as leis existem para serem cumpridas e cabe ao Judiciário fiscalizar a suas corretas aplicações, não penalizando inocentes e punindo culpados e tudo, de acordo com as leis. O julgamento com o tamanho da pena de cada condenado, só ocorrerá após o segundo turno das eleições municipais no Brasil.(Postagem simultânea nos sites Noticianahora, Amazonianarede, Tadeudesouza e blog Jornalismo Eclético).

*Osny Araújo é jornalista e analista político.
E-mail: [email protected]

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