Deputados de esquerda se lançam candidatos a presidência da Aleam

José Ricardo | Alessandra Campêlo | Sinésio Campos
José Ricardo | Alessandra Campêlo | Sinésio Campos
José Ricardo | Alessandra Campêlo | Sinésio Campos

Amazonas – Pelo menos três deputados, todo de partidos de esquerda, estão lançando seus nomes para  suceder eao deputado Josué, Neto, na  presidência da Assembleia do Estado. São eles: José Ricardo e Sinésio  Campos (PT) e Alexandra Camelo (PCdoB.

Os três parlamentares  anunciaram nesta quarta-feira (9), na tribuna do plenário da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), suas respectivas candidaturas à presidência do parlamento estadual, cuja eleição está prevista para acontecer no final do ano, antes do recesso legislativo, para o biênio 2017-2018.

Além do trio, há outros nomes sendo cotados nos bastidores para a disputa, como o do líder do governo na casa, deputado David Almeida (PSD), do ex-presidente da casa, Belarmino Lins (Pros) e até do deputado licenciado, Sidney Leite, também do Pros.

Extraoficialmente, há rumores de que Leite deixará a Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) para retornar ao mandato na Assembleia. A reportagem procurou Leite, mas ele não respondeu aos questionamentos.

Em um comunicado de liderança na tribuna, Sinésio Campos lançou oficialmente sua candidatura à presidência da Assembleia Legislativa, relembrando a experiência adquirida ao longo de 22 anos como parlamentar, boa parte deles atuando ainda como líder do governo de gestões anteriores. Inclusive, frisou o petista, de que está preparado para ocupar o cargo justamente por ter atuado durante muito tempo nessas lideranças.

“Fui líder de três governos, presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, presidente da Comissão de Finanças, presidente da Comissão de Educação e hoje estou presidente da Comissão de Geodiversidade, Recursos Hídricos, Minas, Gás e Energia da casa, além de ser presidente do Parlamento Amazônico. Conheço muito bem esta casa e a partir de hoje sou um dos postulantes ao cargo de presidente. Se tem alguém que tem perfil para presidir esta casa, aqui está o meu nome”, afirmou.

Firme no propósito, Campos até faz planos de gestão, caso seja eleito presidente do legislativo estadual. Ele vai propor debates entre os deputados e fazer com que o Poder Legislativo seja mais democrático e participativo.

Sobre um possível adversário indicado pelo governador do Estado José Melo (Pros), o deputado minimizou e afirmou que essa sempre foi essa a tônica nas eleições da presidência do Legislativo do estado, mas, ressaltou, os poderes são harmônicos e independentes.

colega de partido, José Ricardo, também se lançou na disputa, mas foi repudiado por Sinésio, que é líder do PT na casa. Segundo Sinésio, as propostas não podem ser iguais e, sim, construídas e dialogadas. Em seguida, pediu para que o colega desistisse da sua candidatura.

Em reposta, José Ricardo afirmou que assim como ele, todos os deputados têm o direito de se candidatar e não declinou. “Temos que ouvir os funcionários e ajudar a decidir quem vai presidir o Poder Legislativo e os destinos das vidas dessas pessoas que trabalham aqui, revendo a forma de administrar.

A valorização de quem fez os concursos públicos, para ocupar os seus espaços e ajudar os parlamentares”.

Alessandra Campelo também anunciou sua candidatura à presidência da casa. Em seu primeiro mandato, ela disse ter diversas propostas de como a casa deve atuar e uma delas é a independência entre os demais poderes. “Você ser aliado político não significa ser subserviente. Esse é o meu lema”, ressaltou.

“Vejo uma vontade de mudança na forma em que a mesa diretora trata o restante dos deputados. Eu não jogo isso na culpa do presidente e do vice, eu acho que de forma geral a mesa diretora atual teve dificuldade de relacionamento com os colegas. Tanto da base quanto da oposição. Isso gerou um sentimento de insatisfação por parte da base que entende hoje, que se nos unirmos, fazemos um poder valer ou então seremos julgados pela sociedade como extensão de casa do governador”, disse.

A deputada observou que sua candidatura chega num momento em que seu partido, o PMDB, está bem colocado politicamente com um presidente da República (Michel Temer) e um vice-prefeito eleito de Manaus, se referindo ao deputado federal Marcos Rotta. “Eu acredito que eu reúno condições, hoje, administrativas e políticas, para presidir um Poder Legislativo”, afirmou.

Amazonianarede-EmTempo

 

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