
Brasil – O PT usou recursos do fundo partidário para pagar R$ 6,4 milhões à agência de comunicação Pepper Comunicação Interativa, responsável por prestar assessoria de imprensa ao partido em 2015.
A empresa foi contratada em janeiro de 2015, logo após o início das investigações que deram origem à Operação Acrônimo, na qual a Pepper é investigada. Procurados pela reportagem, nem o PT e nem a Pepper se manifestaram sobre os pagamentos.
O fundo partidário, cujo nome oficial é Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, é um montante repassado todos os anos pelo poder público para os partidos formalmente registrados junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Para receber o dinheiro, que serve para atividades partidárias, as siglas devem estar com suas prestações de conta em dia. Em 2015, o fundo distribuiu R$ 867 milhões aos partidos.
Em 2015, o PT foi o partido que mais recebeu recursos do fundo partidário. Foram R$ 116,2 milhões. Em segundo lugar, ficou o PSDB, com R$ 95 milhões. Em terceiro, ficou o PMDB, com R$ 92 milhões.
A Pepper foi fundada em 1997 e atua no setor de comunicação digital. Desde 2010, ela presta serviços para o PT.
A empresa é investigada pela PF no âmbito da Operação Acrônim, da campanha eleitoral de Fernando Pimentel (PT) ao governo de Minas em 2014.
A empresa também é citada por delatores da Operação Lava Jato por ter supostamente recebido recursos de caixa dois durante a campanha da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2010.
Em março de 2016, Danielle Fonteles admitiu ter recebido R$ 61, milhões em 2010, durante a campanha da FDilma, de forma ilegal.
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