Jogador haitiano é preso sob acusação de traficar patrícios desde o Acre

Rio Branco – O jogador haitiano Inocent Olibrice, que tinha contrato assinado com o Rio Branco Futebol Clube, usava o Acre como ponte para explorar outros haitianos em busca de melhores condições de vida no país.

Preso pela Polícia Federal, na última quarta-feira, 3, contra Olibrice existe a acusação de que ele tentou embarcar em voo, desde Rio Branco, um garoto haitiano de 15 anos com destino a Macapá, no Estado do Amapá.

O adolescente, desacompanhado de um responsável, teria pago ao atleta três vezes mais que o valor da passagem real. Segundo o delegado Flávio Henrique Avelar, do setor de Imigração da Superintendência da Polícia Federal no Acre, pelo menos outros quatro haitianos teriam sido embarcados de forma clandestina sobre o ‘agenciamento’ de Inocent Olibrice aqui no Acre.

Olibrice foi preso na quarta-feira, dia em que o Rio Branco enfrentou o Internacional pela Copa do Brasil. Na ocasião, ele nem chegou a sentar no banco de reservas da partida.

Segundo a Polícia Federal, ocultar clandestino é crime com pena de um a três anos de prisão e sujeito a expulsão do país.

Além disso, Olibrice responderá por estelionato e será investigado por eventual participação de uma quadrilha de “coiotes”, criminosos especia-lizados no transporte ilegal de pessoas de um país para outro.

Segundo informou ontem o site AGazeta.net, “desde que assinou contrato com o Rio Branco, no ano passado, o jogador morava numa das salas do clube, onde sempre se reunia com outros haitianos”.

Por isso, segundo o site, a Policia Federal está investigando se o preso mantinha conexões no Haiti ou na Guiana Francesa, onde tem parentes.

Defesa – Para o site AGazeta .net, o advogado do Rio Branco, João Augusto Freitas, informou que vai entrar com um habeas corpus para que Inocent responda às acusações em liberdade.

“Ele tem visto permanente até 2021 e está com visto para trabalho. Enquanto o processo estiver tramitando, ele continuará sendo atleta do clube. O futebol terminou sendo a porta de entrada para que Inocent conseguisse uma fonte de renda e um local para morar, depois que seu país foi destruído por um forte terremoto”.

De acordo com secretário de Justiça e Direitos Humanos, Nílson Mourão, em entrevista concedida à Agência Brasil, esse foi o primeiro coiote identificado e preso em Rio Branco. “A prisão de Inocent só confirma a nossa tese que essa imigração também é organizada por coiotes que atuam no Brasil. As pernas desses traficantes de seres humanos tem que ser cortadas para estancar isso”, destacou Mourão. O secretário acrescentou que a ação dos coiotes só será “estancada” com ações conjuntas dos governos do Brasil, da Bolívia, do Peru e Equador.

(Com informações de AGazeta.net) 

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