Carapina da Serra, ES -grupo Frente Capixaba de Lutas, formado por movimentos sociais e sindicais, realizou um protesto na portaria da Vale, em Carapina, na Serra, na Grande Vitória, por volta de 5h30 desta sexta-feira (13) e terminou às 7h.
Cobertos de lama pelos corpos, os manifestantes exibiram cartazes e fizeram uma intervenção artística para responsabilizar a mineradora pelo rompimento das barragens em Minas Gerais.
O rompimento de duas barragens de rejeitos de minério da Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP, aconteceu no dia 5 de novembro e causou uma enxurrada de lama no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. A lama também chegará ao Espírito Santo e deve afetar o abastecimento de água de Baixo Guandu, Colatina e Linhares.
Encenação
Os manifestantes chegaram por volta das 5h30 ao local. Segundo participantes, o objetivo foi dialogar com os trabalhadores da Vale e chamar atenção para um novo ato previsto para ocorrer na segunda-feira (16) às 17h, em frente à Ufes.
Uma representante do movimento disse que mais de 60 pessoas participaram da ação. “A nossa intenção foi em defesa da vida e contra o assassinato do Rio Doce. Foi um momento para dialogar com os trabalhadores da Vale e a encenação teatral quis retratar as vítimas em Minas Gerais soterrados na lama e a morte do nosso rio”, explicou.
A Frente Capixaba de Luta tem como pauta a responsabilização completa de Samarcox e Vale pela lama no Rio Doce; negociação coletiva com as famílias atingidas; paralisação das construções de
barragens; realização de consulta popular prévia na construção de empreendimentos que possam gerar impacto ambiental, e que mineradoras e outras empresas que exploram bens sejam públicas e de administração popular.
A Vale foi procurada pelo G1 e informou, em nota, que respeita a livre manifestação de pensamento da sociedade civil organizada.
Amazonianarede-Agencia Globo