Amazonas – O número de pessoas afetadas pela cheia dos rios no Amazonas subiu para 96.533, segundo balanço divulgado pela Defesa Civil do Estado. Nesta terça-feira (14), Santo Antônio do Içá decetrou situação de emergência, elevando para 15 o número cidades com anormalidade. Um município está em estado de calamidade pública em razão das inundações. A cheia dos rios no Amazonas teve início em meados de janeiro. As regiões das calhas dos rios Purus e Juruá, no Sul do estado, são as mais afetadas.
Em Santo Antônio do Iça, segundo a Defesa Civil, 1.248 famílias estão atingidas pelos alagamentos. A cota no município chegou a 14,05m nesta terça. A marca ultrapassou a cota de alerta do Solimões que é de 11,80m.
O órgão informou ainda que uma força tarefa estadual de atendimento às famílias será executada ainda esta semana no Alto Solimões. Em todo o Amazonas, o número de famílias afetadas chega a 19.302.
Até o momento, a Defesa Civil contabiliza do envio de 325.500 toneladas de alimentos não perecíveis, além de kits dormitório (colchões, redes, mosquiteiros) kits de higiene pessoal, medicamentos, filtros de água e hipoclorito de sódio, as cidades do Juruá, Purus e Alto Solimões em Emergência e Calamidade pública. Ainda segundo a Defesa Civil, o fez o repasse financeiro as Prefeituras Municipais de Boca do Acre Boca do Acre, Envira, Itamarati e Eirunepé, no valor total de R$ 1,250 milhão, para ser usado no socorro às vítimas.
Calamidade pública
A cheia é considerada mais crítica em Boca do Acre, que estou em Estado Calamidade Pública. A situação foi reconhecida no dia 10 de março, depois que o nível do rio no município ultrapassou a cota máxima registrada em 2014. A cota chegou a 20,30 metros. No ano passado, quando a cidade também decretou Calamidade Pública, o nível máximo chegou a 19,48m.
Além do Rio Purus, o município sofre influência da cheia do Rio Acre (AC), que também tem cidades em estado de calamidade por conta da subida das águas. Na cidade amazonense, casas, escolas e postos de saúde estão inundados. Famílias enfrentam escassez de água potável e alimentos.
Ao todo, 15 cidades estão em situação de emergência. São elas: Itamarati, Guajará, Ipixuna, Eirunepé, Envira, Canutama, Tapauá, Carauari, Pauiní, Lábrea, Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Tabatinga e Amaturá, além de Santo Antônio do Iça.
São Paulo de Olivença, Tonantins e Humaitá encontra-se em situação de alerta.
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