No Amazonas, escolas públicas estaduais promovem a inclusão de estudantes com necessidades especiais

17-07escolaManaus – Além de contar com escolas de atendimento específico para alunos com necessidades especiais, tais como a Augusto Carneiro (para alunos surdos), Joana Rodrigues (para alunos cegos e com baixa visão), Diofanto Vieira (para alunos com deficiência intelectual e com síndrome de down) e Manoel Marçal (para alunos autistas e com múltiplas deficiências).A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) tem trabalhado também com a inclusão de estudantes especiais em escolas de ensino convencional, favorecendo a maior inserção deles na sociedade.

Uma delas é a escola estadual General Sampaio, localizada no bairro São Jorge, zona oeste de Manaus, que atende estudantes do 1º ao 5º ano do ensino regular e que abriu espaço este ano para a inclusão de um aluno com necessidades especiais. Na unidade de ensino, Gabriel Franco Machado, 7, está regularmente matriculado no 1º ano do ensino fundamental, em uma turma de 16 crianças e participando das atividades promovidas na escola normalmente, respeitando as suas limitações. O aluno, que possui paralisia cerebral, conta com todo o apoio da escola para receber o ensino de qualidade ofertado aos demais estudantes.

A gestora da escola General Sampaio, Andrea Rodrigues Amorim, conta que foi realizada uma preparação especial para acolher o aluno. “Nós contamos com o apoio da Seduc, através da Gerência de Atendimento Educacional Específico para adequar o ambiente para recebê-lo. Entre as adaptações promovidas, contratamos uma professora auxiliar, especializada no atendimento de alunos especiais e conseguimos uma cadeira totalmente adaptada às necessidades da criança”, afirmou Andrea.

Segundo a gestora, acolher um aluno especial é um desafio, mas também uma experiência muito gratificante. “Procuramos inserir o aluno na rotina da escola, no convívio com as outras crianças. Todos nós estamos aprendendo muito com essa experiência. A inclusão tem o papel de trabalhar com o diferente e isso é bom para que as próprias crianças aprendam desde cedo a romper preconceitos, tornando-se seres humanos melhores”, pontua.

A técnica da Gerência de Atendimento Educacional Específico da Seduc, Sandra Ortiz avaliou como positiva a ação da escola em trabalhar a educação inclusiva. “A experiência da escola em abraçar a causa da educação inclusiva, respeitando as necessidades do aluno, suas limitações, é muito válida, tanto para os alunos com deficiência quanto para os que não são. Essa atitude favorece a busca pela oportunidade de crescimento tanto para os alunos quantos para os professores que acolhem esse aluno”, afirma.

Adaptação

A escola General Sampaio teve que fazer algumas adequações para atender o aluno de forma plena. Além da professora auxiliar, que presta apoio direto ao estudante, foi necessária uma reformulação na turma em que Gabriel estuda. Foi feita uma divisão das crianças para que houvesse uma atenção maior voltada à criança, mas sem comprometer o ensino das demais. Outra preocupação da escola foi com relação à acomodação de Gabriel, que necessitava de uma cadeira especial para assistir às aulas.

O trabalho com o aluno tem se desenvolvido através de atividades de estímulo, em consonância com o ensino da turma. “Utilizamos materiais didáticos como jogos, e formas geométricas. A Seduc está disponibilizando o material necessário para dar o suporte que o aluno precisa”, explica a gestora.

De acordo com a professora auxiliar, Maurícia Moura de Souza, contratada para o atendimento exclusivo do estudante, o convívio entre as crianças tem sido muito importante para o processo de inclusão. “As crianças têm interagido bastante. É uma troca de aprendizado. Elas têm se mostrado bastante solidárias e eu vejo nessa experiência uma grande oportunidade para que elas saibam lidar com as diferenças”, comenta.

Satisfação

Para os pais de Gabriel, Perla e Jeferson Machado, a escola lhes proporcionou uma grande oportunidade ao abrir as portas para seu filho. “A escola nos acolheu muito bem. A partir do momento em que a Seduc teve ciência que havia um aluno com necessidades especiais matriculado na escola, tomaram todas as providências para que ele estudasse aqui. Estou muito feliz em ver que a equipe da Secretaria e da escola trabalharam em conjunto para tornar essa inclusão possível. O Gabriel é uma criança privilegiada”, comentaram os pais.

Assim como a escola estadual General Sampaio muitas outras escolas públicas estaduais também trabalham com a inclusão.

Foto: Eduardo Cavalcante

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