A Seleção brasileira encontra dificuldades no segundo amistoso entre as equipes. Terceiro e último será na quarta-feira, em Belém
Manaus, AM – A Holanda tentou dificultar. Entrou em quadra com uma escalação diferente e fez jogo duro. Chegou a roubar um set no segundo amistoso preparatório para o Campeonato Mundial. Mas para quem deseja conquistar o tetracampeonato, é válido passar por dificuldades na caminhada. Mais importante que isso: vencê-las. E com o roteiro perfeito, o Brasil derrotou a equipe holandesa. Nesta segunda-feira, na Arena Amadeu Teixeira, em Manaus, fez 3 sets a 1, com parciais de 23/25, 25/17, 25/23 e 25/19.
O oposto Wallace foi o maior pontuador da seleção brasileira, com 14 pontos. Os centrais Lucão e Maurício Souza anotaram 13 e 12, respectivamente. Pelo lado holandês, o oposto Wouter Ter Maat somou 14. Brasil e Holanda voltam à quadra na quarta-feira, em Belém, para o terceiro e último amistoso entre as equipes.
A Holanda foi escolhida para a série de jogos por estar no grupo do Brasil na primeira fase do Campeonato Mundial, disputada de 9 a 30 de setembro, na Bulgária e na Itália. A seleção brasileira estreia no dia 12 de setembro, contra o Egito. Além de Holanda e Egito, também estão no grupo França, Canadá e China. A primeira sede da equipe tricampeã mundial será Ruse, na Bulgária. A fase final será em Turim, na Itália.
Roteiro perfeito
Dando continuidade a busca pelo time ideal que disputará o Campeonato Mundial, o técnico Renan Dal Zotto mudou os jogadores para a partida em Manaus. Colocou o central Mauricio Souza e o ponteiro Lucas Loh na equipe titular. Mais uma vez, Kadu foi o escolhido para formar a dupla na ponta. O levantador Bruninho, o oposto Wallace, o central Lucão e o líbero Thales completaram a escalação inicial.
O técnico holandês Gido Vermeulen trouxe novidades à quadra. Cinco mudanças da equipe que iniciou o primeiro amistoso: o levantador Daan Van Haarlem, os ponteiros Maarten Van Gaarderen e Thijs Ter Horst, os centrais Jasper Diefenbach e Michael Parkinson, o oposto Wouter Ter Maat e o líbero Dirk Sparidans.
E a alteração na Holanda surtiu efeito. Dois bloqueios seguidos surpreenderam o Brasil, que sentiu o forte começo do adversário. Muitos erros por partes da seleção brasileira. Quando o placar chegou a 10 a 7 para os holandeses, Renan pediu tempo para organizar a equipe.
Na volta à quadra, um triplo de Lucas Loh, Mauricio Souza e Bruninho levantou a Arena Amadeu Teixeira. Mas os vacilos logo reapareceram, e a Holanda voltou a dominar o jogo. Abriu três pontos. Com Bruninho distribuindo bem as bolas, o Brasil empatou em 14 a 14. Gido Vermeulen decidiu segurar a reação brasileira parando o jogo.
O ritmo intenso dos holandeses não foi correspondido do outro lado. Um saque bateu na cabeça de Lucão e saiu. Uma bola de segunda do levantador do Bruninho botou a seleção de volta no set, com 21 a 21, mas a pegada da Holanda seguiu forte. Contrariando a previsão de poupar o campeão olímpico Lipe, com dores no cotovelo direito, consequências de uma tendinite, Renan o lançou em quadra. Ainda colocou Rodriguinho. Mas não foi suficiente para parar a Holanda: 23 a 25.
O Brasil voltou mais atento para o segundo set. Seguro na defesa e eficiente no ataque, logo abriu vantagem no placar: 10 a 4. Bruninho buscou Lucão e Wallace, que atenderam prontamente ao chamado do levantador. Quando o marcador apontou 14 a 9, os árbitros manauaras Walfran Braga e Sidney Delane alegaram erro de rotação na Holanda.
O técnico holandês Gido Vermeulen ficou muito irritado e contagiou o time. Foi necessário pedido de tempo para acalmar os ânimos. Com a bola em jogo, a seleção brasileira continuou avassaladora. E veio das mãos de Lucão o ponto que fechou o set: 25 a 17.
O terceiro set pareceu uma repetição do primeiro, com bloqueios sequenciados da Holanda e um Brasil desatento. O ponteiro Rodriguinho foi escalado para o lugar de Kadu, na tentativa de mudar o cenário do jogo. Oportunidade também para ser melhor observado pelo técnico Renan Dal Zotto, que pediu calma mas cobrou à beira da quadra. Com desvantagem de 11 a 7, Bruninho buscou uma bola com o pé para virada de Wallace.
A torcida em Manaus foi ao delírio. E a equipe brasileira cresceu aos poucos. Um belo bloqueio de Lucão empatou o set em 15 a 15. O líbero Maique também ganhou a chance de entrar em quadra, assim como o oposto Evandro e o levantador William. Eles mantiveram o ritmo, e o Brasil fez 25 a 23.
Douglas e Kadu apareceram no quarto set formando a dupla na ponta. Mas o oposto Wallace continuou como a referência do levantador Bruninho. A vantagem no marcador foi reflexo de um Brasil confiante, que rodou a bola até botá-la no chão na quadra adversária. Lucão seguiu aparecendo bem no bloqueio.
A Holanda pouco fez. Com 21 a 16, o técnico holandês Gido Vermeulen chegou a pedir tempo. Uma sequência de saques pareceu uma reação, mas o time já estava convencido da derrota. Bruninho correu até o banco e levantou para o 22º ponto da seleção brasileira. E em um bloqueio de Kadu e Maurício Souza, o Brasil fechou em 25 a 19.
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