Brasilia – Eliseu Padilha (Casa Civil), Carlos Marun (Secretaria de Governo) Osmar Terra (Desenvolvimento Social), todos do MDB, se surpreenderam quando seus contatos no Whatsapp começaram a receber pedidos, em nome dos ministros, de transferências bancárias para contas no Maranhão.
Padilha e Marun têm gabinetes próximos ao do presidente Michel Temer em Brasília. Já Terra frequenta o Palácio, mesmo não tendo sala próxima.
À Jovem Pan, Marun contou que o golpista usou até seu “estilo de se comunicar”, “quase que falando com sotaque, mesmo que estivesse escrevendo”.
“Não houve danos a nenhum amigo meu, pelo menos que eu saiba”, conforta-se o ministro. “Um conhecido chegou a tentar fazer o depósito, mas a conta informada já não estava mais recebendo depósito”.
O amigo de Marun que quase caiu no golpe teria sido Aldo Teló, pai do cantor sertanejo Michel Teló.
Três colegas de Osmar Terra teriam feito a transferência de R$ 6 mil.
Segundo as apurações iniciais, os criminosos foram até uma operadora telefônica se passando por homens de confiança do governo, por meio de documentos falsos. Eles pediram um novo número e chip em nome dos ministros.
Marun registrou boletim de ocorrência e diz que aguarda “para ver se a Polícia Federal consegue descobrir isso”.
O ministro da Secretaria de Governo classifica o caso como “uma situação que realmente preocupou de uma forma até especial”.
“Não estou entendendo que é uma coisa simples”, disse, destacando que esta foi a segunda vez que seu número é clonado. A anterior foi quando ele presidia a Comissão Especial da Reforma da Previdência na Câmara. O relator da comissão, deputado Arthur Maia (PPS-BA), também teve o celular clonado ao mesmo tempo.
“São coincidências que começam a aparecer, não só obra do acaso. Não acredito em coincidências”, disse Marun.
Amazonianarede-Jovem Pam