
Em 1986, um recém-nascido foi roubado da mãe na Maternidade Santa Lúcia, em Brasília, e, a partir de então, cresceu com outra família. O caso teve repercussão nacional quando, em 2002, o adolescente reencontrou os pais biológicos. Hoje, 15 anos depois, o agora advogado Pedro Júnior Rosalino Braule Pinto atua na defesa do senador afastado Aécio Neves, como informou Lydia Medeiros na coluna “Poder em Jogo”, no GLOBO.
O advogado trabalha em Brasília, no escritório Alckmin Advogados, de José Eduardo Rangel de Alckmin, primo do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. “Doutor Pedrinho” é famoso na capital federal. Sua história, cinematográfica, inspirou novela de TV e virou livro.

Pedrinho, como ficou conhecido em todo o país quando seu caso veio à tona, viveu durante 16 anos em Goiânia como filho de Vilma Martins Costa, com o nome de Osvaldo Martins Borges, registrado pela família que o criou. O reencontro com os pais biológicos, Maria Auxiliadora e Jayro, emocionou o Brasil.
Apesar de não aparecer em nenhum dos seis inquéritos a que Aécio responde no Supremo Tribunal Federal (STF), Pedro tem uma procuração que lhe permite atuar como um dos advogados de defesa do senador afastado. Na procuração também constam nomes como Carlos Veloso, José Eduardo Rangel de Alckmin e José Augusto Rangel de Alckmin.

Formado em Direito pelo Centro Universitário de Basília (UniCeub), Pedro Júnior Rosalino Braule Pinto, o “doutor Pedrinho”, está casado e tem um filho de 4 anos. Atualmente, ele integra o time de advogados que defende o senador tucano afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após ser citado na delação dos empresários da JBS.
Pedro atuou na defesa de nomes da política nacional envolvidos em processos no STF, como o ex-presidente do Senado Jáder Barbalho, em diferentes processos em que é acusado de crime eleitoral, crimes contra a Administração em geral e emprego irregular de verbas públicas.

Ele também aparece como um dos advogados de defesa do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), investigado por corrupção passiva e dos deputados Nilson Leitão (PSDB-MT), investigado por crime em licitações e crime de responsabilidade, e Paulo Magalhães (PSD-BA), investigado por crimes eleitorais. Todos são clientes do Alckmin Advogados.
Já a sequestradora Vilma Martins Costa foi condenada a 19 anos e nove meses, em 2003. Vilma conseguiu redução de pena e, em 2008, conseguiu liberdade condicional. Além de Pedrinho, Roberta Jamilly Martins Borges, também levada pela mãe de uma maternidade, mas não voltou a morar com os pais biológicos.
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