Manaus, AM – A pequena representatividade da mulher na política amazonense, especialmente na Câmara Municipal de Manaus, foi o tema da tribuna popular realizada na manhã de hoje (8), no plenário Adriano Jorge, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher e aos 85 anos do voto feminino no Brasil.
Mesmo com a maioria de eleitores da cidade – uma diferença de 75 mil votos a mais que os homens, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral nas eleições de 2016 – o número de vereadoras caiu de cinco, no final da última legislatura, para quatro no atual mandato.
Para uma destas parlamentares eleitas, que também foi a autora do pedido para realização da tribuna, vereadora Therezinha Ruiz (DEM), ainda é preciso avançar muito para conquistar a igualdade.
“Hoje temos mais espaço no campo político do que em 1932, mas é preciso trazer definitivamente a mulher para o centro dos grandes debates da sociedade, estimulando e incentivando uma participação mais ativa”, explicou a parlamentar que também é vice-presidente da Comissão de Defesa das Mulheres da Câmara.
Também presente no debate, a vice-presidente da Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica Regional Amazonas (ABMCJ/AM), Maria Glaucia Barbosa Soares, também destacou a pouca representatividade e acrescentou que a luta hoje não é apenas por cotas partidárias, e sim por assentos.
“Somente no parlamento a mulher consegue ter voz para discutir políticas públicas voltadas para a classe feminina. Esta representatividade precisa ser destacada com veemência, pois existem municípios em nosso estado, que não há sequer uma mulher como vereadora, ou seja, vive-se uma sub-representação, mesmo com a nossa constituição afirmando que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações”, destacou.
A professora Cecília Otto, coordenadora do Centro Municipal de Atendimento Sociopsicopedagógico (Cemasp), recordou em seu pronunciamento que apesar do direito ao voto ter sido reconhecido em 1932, apenas em 1965 aconteceu, de fato, a igualdade plena de direitos e deveres eleitorais entre homens e mulheres no Brasil.
“Somente no Parlamento a mulher consegue ter voz, para discutir políticas públicas para a classe feminina. Esta representatividade precisa ser destacada com veemência, pois existem municípios em nosso Estado, que não há sequer uma mulher como vereadora, ou seja, vive-se uma sub-representação, mesmo com a nossa Constituição afirmando que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações”, destacou.
Amazonainrede-Assessoria