
Amazonas – A Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), unidade vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Susam), será destaque no 1º Congresso sobre Humanização, Acolhimento e Arte na Saúde, que acontece nos dias 10 e 11 deste mês, em Salvador, Bahia.
A instituição teve o trabalho “Videohisteroscopia ambulatorial sem anestesia no serviço público de Manaus, Amazonas: uma abordagem humanizada, esclarecedora e lúdica, visando a adesão e resolutividade dos casos”, selecionado para concorrer com ações desenvolvidas em todo o País, em uma das três categorias do 1o Prêmio Humaniza.
Segundo o diretor-presidente da FCecon, cirurgião oncológico Marco Antônio Ricci, a participação da unidade hospitalar no congresso é o início do reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pelos mais diferentes serviços da Fundação, em prol da melhoria no atendimento, das condições de trabalho e para a ampliação da Polícia Nacional de Humanização (PNH), elaborada pelo Ministério da Saúde (MS), no âmbito da instituição.
O trabalho, de autoria das médicas da FCecon Mônica Bandeira de Melo, Mirlane Cardoso, e da acadêmica de medicina da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Mylla Barral do Nascimento Almeida, avaliou a implantação da videohisteroscopia ambulatorial sem anestesia no hospital, que é referência no diagnóstico e tratamento do câncer em toda na Amazônia Ocidental. Em três anos, o serviço já contabiliza 735 procedimentos realizados com sucesso.
O evento é uma iniciativa da Di Magnavita Produções e Eventos em parceria com a organização Terapeutas do Riso.
Humanização
O processo de humanização do exame, que é realizado no serviço público de Manaus apenas na FCecon, iniciou com a produção e exibição de um vídeo de quatro minutos e meio, idealizado pela ginecologista Mônica Bandeira de Melo. Nele, as pacientes submetidas a videohisteroscopias ambulatoriais recebem orientações sobre o que é o exame e quais as peculiaridades do útero, área do corpo feminino sujeita a alterações e lesões ao longo da vida.
O procedimento é utilizado no âmbito da instituição para detectar de forma precoce o câncer de endométrio – mucosa que reveste a parede uterina. Segundo Mônica Bandeira de Melo, além de ajudar de uma forma mais técnica as mulheres a conhecer melhor seu próprio corpo, as ilustrações desmistificam o procedimento, temido por parte das pacientes por desconhecerem como ele é executado.
“Grande parte das mulheres que dão entrada na Fundação desconhece a localização do endométrio e qual a função da mucosa, que auxilia no alojamento do embrião na parede do útero, mas que também gera incômodos, já que todos os meses descama e ocasiona o fluxo menstrual”, explicou a ginecologista.
Conforme a especialista, a videohisteroscopia, realizada através do Serviço de Endoscopia da Fundação, permite a visualização da cavidade uterina e a avaliação do endométrio, possibilitando a detecção das lesões pré-cancerosas e/ou o diagnóstico precoce do câncer daquela camada interna do útero.
Amazonianarede-Secom