São Paulo – O nível do sistema Cantareira, que abastece um terço da Grande São Paulo (6,5 milhões de pessoas), atingiu hoje 3,9% de sua capacidade, o pior índice de sua história.
Esse percentual corresponde ao que resta da primeira parte do volume morto, água que fica no fundo das represas, que começou a ser captado em maio deste ano, com 182,5 bilhões de litros de água.
No intervalo de um mês, o índice do sistema caiu 4,8 pontos percentuais. Sendo assim, se não chover, essa parte da reserva técnica deve acabar na primeira quinzena de novembro.
Na última quarta-feira (15), a presidente da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Dilma Pena, voltou a afirmar que a água da primeira cota do volume morto deve terminar em “meados de novembro” se não chover.
Um dia depois, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, negou a informação. “Foi deturpada uma afirmação da presidente da Sabesp, doutora Dilma, desinformando a população”, declarou.
Por causa do baixo nível do Cantareira, o governo planeja usar uma segunda parte do volume morto, com 106 bilhões de litros de água. Ao todo, a reserva técnica do sistema tem cerca de 400 bilhões de litros de água.
Ontem (16), o presidente do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), Fábio Prieto,suspendeu liminar que proibia a captação de uma segunda parte da reserva técnica do manancial pela Sabesp para abastecer a Grande São Paulo.
Mesmo com a decisão judicial, a companhia ainda precisa de autorização da ANA (Agência Nacional de Águas) para usar uma maior quantidade do volume morto.
Fonte: BOL