
Manaus – Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos do Estado do Amazonas, está iniciando um programa de fiscalização rigorosa para evitar o desperdício de água potável em Manaus
A iniciativa do órgão se justifica pelo elevado percentual de 60% de desperdício no sistema de abastecimento de água de Manaus.
De acordo com o engenheiro chefe do departamento de saneamento da Arsam Jorge Garcia Carésto, a medida se estende, principalmente, à concessionária Manaus Ambiental, que deve combater com mais eficiência o desperdício por meio de fiscalizações constantes de vazamentos, realização de orientação de consumo aos usuários e hidrometração. Atualmente, 80% dos clientes da concessionária possuem hidrômetro em suas residências.
Na rota cumprida pelos engenheiros foram visitados alguns bairros da Zona Sul de Manaus como Raiz, Cachoeirinha e Japiim. Só nessa zona, foram identificados mais de dez vazamentos. No Igarapé do 40, foi constatado um grande número de ligações clandestinas e um vazamento de grande proporção que jorra água a mais de um ano.
Os moradores, que mostraram aos engenheiros da Arsam o maior dos inúmeros vazamentos, informaram ainda que as contas de água chegam com valores absurdos, de quinhentos a seiscentos reais.
“Temos vários lugares no bairro com vazamentos grandes, e sabemos que essa conta quem paga somos nós”, declarou um dos moradores. Carésto determinou que a concessionária reparasse imediatamente os vazamentos do local, e foi atendido.
Segundo dados da ARSAM, o percentual de desperdício da cidade de Manaus é um dos maiores do Brasil, um contrassenso, por conta da crise hídrica que assola os grandes centros urbanos do país. Na

Manaus 2000, rua também localizada na Zona Sul, a agência identificou oito postos de lavagem que utilizam água de maneira clandestina. Um dos proprietários declarou que possui o posto há 14 anos, e que já tentou se regularizar junto à concessionária em 2013, mas não obteve nenhuma resposta.
O objetivo do programa criado pela Arsam é realizar um levantamento mais preciso dos vazamentos e demais tipos de perda, tanto físicas quanto comerciais, até que se tenha um mapeamento, que possa auxiliar a concessionária a combater o desperdício de água com maior eficiência. A agência também solicitará um projeto mais abrangente de orientação ao consumo e uso racional da água aos usuários.
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