Amazonas – Quatro novos casos de H1N1 foram confirmados em Manaus, sendo dois óbitos. As informações da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). O segundo óbito confirmado é de uma professora de 42 anos que morreu na última quinta-feira (21). A primeira morte foi em março deste ano, de uma mulher que contraiu a doença no Rio de Janeiro.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão Neto, a Semsa investiga mais 32 casos de pessoas com a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), provavelmente pelo vírus H1N1.
Além dos quatro casos por H1N1 neste ano, a Semsa confirmou 11 casos por outro tipo de vírus respiratórios – três do vírus Sincisial respiratório e oito de SRAG não especificada.
Homero informou também que o Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Devae) da Semsa reuniu pais,
professores e funcionários da Escola Municipal Ignês de Vasconcelos Dias, com o objetivo de orientá-los sobre a Síndrome Respiratória Aguda Grave. No local trabalhava a professora que faleceu.
O secretário enfatizou que o risco de novas contaminações nesta escola é reduzido, considerando o período de incubação da doença. “A paciente apresentou os primeiros sintomas no dia 16 de abril, e dado o período de incubação do vírus, esse risco é mínimo”. Entre as medidas para evitar a doença, Homero disse que cuidados básicos de saúde e higiene podem evitar a transmissão do vírus em qualquer ambiente.
Recomendações
As orientações, citou Homero, é a frequente higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir, evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca, higienizar as mãos após tossir ou espirrar, não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas, manter os ambientes bem ventilados, evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de influenza, evitar sair de casa em período de transmissão da doença, evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados), adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos, orientar o afastamento temporário como trabalho e escola até 24 horas e após cessar a febre.
“Estas são as melhores recomendações”, orientou, lembrando que a vacina é a principal medida de prevenção contra a Influenza (gripe), que protege contra os vírus H1N1, H3N2 e Influenza B.
Vacinação
O secretário alertou para a importância do grupo prioritário se vacinar a partir de sábado (30) até o dia 20 de maio na Campanha de Vacinação contra a Influenza. Neste dia, serão montados 962 postos de vacinação em Manaus, onde 4,5 mil profissionais de saúde farão o atendimento da população. Em Manaus, o público alvo para a imunização está estimado em 396.970 pessoas e a meta mínima, determinada pelo Ministério da Saúde, é imunizar 80% desse total.
Além de pessoas com 60 anos ou mais de idade, serão vacinados os trabalhadores de saúde, os povos indígenas (aldeados), as crianças na faixa etária de seis meses a menores de cinco anos de idade (quatro anos, 11 meses e 29 dias), as gestantes, as puérperas (até 45 dias após o parto), os grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (como diabéticos, cardiopatas e doenças renais), adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, a população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional.
Portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais deverão apresentar laudo médico, receita, carteirinhas dos programas de saúde, prescrição médica ou outro documento que comprove a sua condição clínica para receber a vacina.
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