Polinter corre para cumprir mais de três mil mandados de prisão no Amazonas

Delegado Antonio Jordan Jr.
Delegado Antonio Jordan Jr.

Amazonas – A Delegacia Especializada em Capturas e Polinter (DECP) do Amazonas tem mais de 3 mil mandados – entre criminais e cíveis – aguardando cumprimento. Eles estão catalogados no Sistema de Segurança Integrada Segurança Pública (SISP). Os crimes com maior incidência são homicídio, tráfico de drogas e roubo. As Zonas Norte e Leste são as áreas com a maior demanda da capital.

Segundo o delegado Antônio Rondon Jr., a Polinter recebe cerca de 150 a 200 mandados por mês do Amazonas e de outros estados. A delegacia cumpre, em média, cerca de 60 a 70 mensalmente.

“Dos 3 mil mandados catalogados que temos, 60% são criminais e 40% são cíveis, que são os de pensão alimentícia. Nosso foco maior são os criminais. O ‘tripé’ dos mandados emitidos consiste em homicídios, seguido por tráfico e roubo.

A mola propulsora disso é o tráfico de drogas. Tentamos priorizar aqueles que estão foragidos há mais tempo e com os crimes mais graves”, disse o delegado.

Dados da capital

Entre os mandados criminais, a delegacia tem uma demanda de mais de 700 de homicídios, 387 de tráfico de drogas e 355 de roubo; seguidos de outros crimes como furto, estelionato, estupro e porte de arma. A Zona Norte tem 177 mandados catalogados, seguidos pela Zona Leste, com 175, e Sul, com 149.

As zonas Oeste, Centro-Oeste e Centro-Sul somam mais 150 mandados. Rondon informou que a média de prisões efetuadas pela Polinter chega a 20 por mês, ou cerca de uma prisão por dia útil.

“Temos uma demanda muito grande e também precisamos diferenciar os cumprimentos de mandado e as prisões realizadas. Quando cumprimos o mandado, o alvo já está preso, então temos que entrar com uma medida administrativa para avisar o sistema sobre o preso e mudar a situação carcerária dele. As prisões são diferenciadas, quando temos que procurar o foragido”, explicou.

O delegado da Polinter também informou que a maioria das prisões ocorre na capital amazonense, porém, as capturas seguem para a Região Metropolitana de Manaus.

Conforme Rondon, cerca de 30% dos mandados enviados a delegacia são de outros estados. “Nossa função é encontrar foragidos do Amazonas em outros estados e encontrar os que vem de outro estado para cá. A maioria dos presos é de naturalidade amazonense, em seguida vem o Pará e depois as regiôes do nordeste do país”.

Segundo o delegado, a maior média de tempo de um foragido no SISP é de um a dois anos. “Diferente de um mandado expedido durante uma investigação, quando o suspeito é surpreendido, os nossos mandados expedidos após o crime já são conhecidos pelos foragidos. Então, eles assumem a postura de nômades, ficam de dois a três dias em cada bairro ou assumem novas identidades para tentar apagar o passado”, disse.

Balanço Entre fevereiro e junho ocorreram 84 prisões. Em fevereiro foram 20, em março 14, já abril registrou 16. Dados do mês de janeiro não foram contabilizados.

No mês de maio, a Polinter realizou 22 prisões, entre elas, 12 cumpriram mandados por roubo e tráfico de drogas. Outros crimes envolveram lesão corporal, homicídio, atentado violento ao pudor, furto, violência doméstica e pornografia infantil.

Segundo o delegado, o mês de junho já conta com 12 presos. O delegado Rondon afirmou que a meta para esse ano é chegar ao número de 300 prisões e cumprimentos de mais de 1 mil mandados. “Acredito que é uma meta factível, calculando pela média do mês de maio, que foi onde conseguimos imprimir o nosso melhor ritmo. Assim, esperamos chegar a meta de 300 no final do ano”.

Amazonianarede-DGP

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