Papa confirma JMJ de 2016 em Cracóvia – Polônia

Rio – Para uma multidão de mais de 3 milhões de fiéis na praia de Copacabana, o papa Francisco encerrou a Jornada Mundial da Juventude 2013, no Rio de Janeiro, com a realização da Missa de Envio e da oração do Angelus, e confirmando a informação antecipada pelo Terra: a próxima cidade-sede do evento religioso será Cracóvia, na Polônia, em 2016.

A escolha do município polonês tem influência direta do processo de iminente canonização do papa João Paulo II, por onde foi, durante anos, arcebispo, antes de se tornar um dos líderes mais carismáticos da história da Igreja Católica. “Polônia, Polônia”, gritaram os peregrinos, que se espremeram na areia da praia mais famosa do Brasil. 

Hora de fazer discípulos

Grande lema da JMJ 2013, “ide e fazei discípulos” foi a tônica da homilia da Missa de Envio e oração do Angelus, atos que encerraram o megaevento religioso na praia de Copacabana. O foco, como não poderia deixar de ser, esteve com os jovens.

“Agora vocês devem ir e transferir esta experiência aos demais”, pronunciou o pontífice. “A fé é uma chama que se faz mais viva quando compartilhada. Jesus não nos trata como escravos, mas como pessoas livres. Ele está sempre ao nosso lado nessa missão de amor. Para onde Jesus nos manda não há fronteiras, não há limites”, completou.

Em alguns momentos de entonação mais forte, deixando de lado os temas com caráter mais social, bastante presente em outros discursos do líder católico em sua extensa agenda no Rio de Janeiro, o papa Francisco conclamou “sua juventude” para uma missão. “A Igreja precisa do entusiasmo de vocês. Esse é o caminho a ser percorrido. Jovens tão criativos e audazes: sigam adiante e não tenham medo. A Igreja e o papa conta com vocês”, disse.

Autoridades

O último dia da JMJ 2013 foi acompanhado por três chefes de estado na missa realizada na praia de Copacabana. A presidente da República, Dilma Rousseff, esteve acompanhada da presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Outro líder sul-americano presente foi o boliviano Evo Morales.

Quando a imagem das duas presidentes apareceu no telão, não foi pronunciado ao público a presença das chefes de estado, evitando, desta forma, qualquer tipo de vaia e constrangimento diante da multidão.

No único recado direto em termos de organização para o público, os condutores da cerimônia pediram apenas para que os jovens baixassem as diversas bandeiras da mais diferentes nações para que os peregrinos pudessem ter clara a vista do palco, mesmo que dos telões.

Multidão em ação

Se o flash mob organizado pela Jornada Mundial da Juventude, que de nada teve de movimento espontâneo, diga-se, será o maior do mundo, os órgãos responsáveis por este tipo de contagem de recorde, como o Guinness, dirão futuramente. O fato é que a coreografia armada para recepcionar o papa Francisco na Missa de Envio, que encerra a JMJ 2013, não foi seguida à risca pelos três milhões de fiéis que se espremem na praia de Copacabana.

Ensaiada exaustivamente por milhares de peregrinos, com campanhas na TV e divulgação em redes sociais, a coreografia de fácil execução enfrentou o empecilho do cansaço de quem madrugou na praia mais famosa do Brasil, e o fato de que, por mais que os passos fossem simples, não é fácil coordenar uniformemente tamanha multidão.

Os momentos de palmas, e pulos, empolgaram os fiéis e o mar de gente impressionava no telão. Tão logo os dançarinos no palco trocavam o passo e chamavam os fiéis, mesmo com alguns closes na imagem para auxiliar, ficou nítido que a multidão “se embaralhava”. Não conseguia seguir uniformemente o que foi planejado com tanto afinco. Nada, porém, que tirasse o ânimo de quem dormiu pouco, e mal, para se despedir do pontífice.

Peregrinos exaustos

O cansaço que se abateu sobre os jovens participantes da JMJ já era visível antes do papa Francisco chegar ao palco montado em Copacabana para a missa de envio, que encerraria o evento religioso – vale lembrar que muitos perderam o último ato porque não conseguiram acordar e acompanhar de perto a cerimônia final.

Quando dançarinos surgiram no palco para um último ensaio, por mais que os peregrinos tentassem seguir a coreografia, ficou claro que muitos não tinham os passos decorados – e o telão não ajudava nos closes de quem estava no palco para ensinar.

Antes do papa Francisco subir ao palco para dar início ao último evento oficial da JMJ, os padres Renato Martins, diretor executivo dos Atos Centrais, e Jorjão, da igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, foram os encarregados de animar o público que pernoitou nas areias e ruas de Copacabana.

Enquanto o papa Francisco em seu papa-móvel tomava mais uns goles de chimarrão oferecidos por um fiel, e beijava, como de praxe, o rosto de mais algumas dezenas de crianças, pela orla de Copacabana, os padres tentavam uma interlocução com os jovens, puxando músicas católicas que não eram repetidas em coro. “Esta é a juventude do papa”, foi o único canto que a multidão espremida na areia, com foi marca registrada, teve forças ainda para pronunciar.

(Terra)

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