Brasília – Michel Temer quer mais quatro anos no Palácio do Jaburu. Em primeiro lugar, porém, terá de garantir que o partido que comanda, o PMDB, aprove, na convenção da próxima terça-feira em Brasília, a reedição da dobradinha com a presidente Dilma Rousseff. Já considerou essa vitória menos provável. No início do ano, em conversa com lideranças partidárias, defendeu a manutenção da aliança, mas afirmou que “se submeteria às decisões do partido”. Hoje, enumera apoio dos governadores, desdenha do levantamento desfavorável na bancada de deputados e vaticina: “Terei mais da metade de votos da bancada, as coisas estão mais calmas”.
Em segundo lugar, torcer para a maioria dos brasileiros escolherem a presidente Dilma para mais um mandato. Ele também acha ser possível essa previsão. “O clima de pessimismo é incompatível com a realidade brasileira”. Para Temer, a economia passa por um período de flutuação, mas não de crise. Lembra que o nível de emprego está mantido, a inflação sob controle e uma série de medidas em andamento, como o Minha Casa, Minha Vida, o Bolsa Família e as obras de mobilidade urbana. “A presidente tem o que mostrar”, assegurou.
Considerado por alguns integrantes do próprio partido como figura meramente decorativa na estrutura de poder, Temer faz questão de elogiar a companheira de chapa, apostando que a relação dela com o PMDB será melhor no segundo mandato, pois todos perceberam que governar sem o partido é pior. O vice-presidente defende as manifestações de rua e afirma que elas marcam a chamada democracia da eficiência, na qual as pessoas reivindicam eficiência dos serviços públicos e privados.
Existe algum risco de a convenção nacional do PMDB, marcada para terça-feira, não aprovar a aliança com a presidente Dilma Rousseff?
Estamos com apoios expressivos, muito acentuados. Claro que não quero antecipar nada, prefiro esperar a convenção. Mas creio que a aliança vai ser aprovada. As pessoas vêm dizer que vão votar em mim. Acho que vai dar certo.
Fonte: Correio Web