Várias categorias protestam contra reforma trabalhista em Manaus que entra em vigor neste sábado  

Mudanças na legislação trabalhista entram em vigor e são alvo de críticas de vários movimentos sindicais.

Manaus, AM – Por todo o Brasil estão sendo realizadas  manifestações por várias categorias de trabalhadores, contra a Reforma Trabalhista que começa a vigorar neste sábado e Manaus, a capital amazonense não ficou de fora e protestou.

Entidades sindicais e trabalhadores promoveram diversos atos nesta sexta-feira (10), dia de mobilização contra a reforma trabalhista, que entra em vigor no sábado (11). As mudanças na legislação trabalhista são alvo de críticas de várias categorias.

Em manifestação contra a reforma e a privatização do setor elétrico, aproximadamente 70% dos trabalhadores urbanitários de Manaus e do interior do Amazonas paralisaram as atividades nesta sexta-feira.

Nesta manhã, um grupo de urbanitários se reuniu em frente da concessionária Eletrobras Amazonas Distribuição, na Zona Sul da capital. Por volta das 7h, cerca de cem trabalhadores estavam concentrados na sede da empresa, localizada na Avenida Sete de Setembro.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado do Amazonas (STIUAM), Edney Martins, disse que no estado 2.200 profissionais integram a categoria. A estimativa da entidade sindical é que durante o dia nacional de luta 1.100 urbanitários em Manaus e 400 no interior do estado participem da paralisação.

“Os trabalhadores  do setor elétrico hoje estão de braços cruzados no estado do Amazonas e em todo o Brasil por duas questões básicas. A primeira é contra essa Reforma Trabalhista que tirou direitos dos trabalhadores, que fez regredir tudo aquilo que conquistamos nos últimos anos e que penaliza a classe trabalhadora.

O segundo motivo são as privatizações do setor elétrico no Amazonas e no Brasil, de um governo ilegítimo que quer acabar com setor elétrico estatal do país. Um setor que é estratégico, que tem que está uma boa parte dele na mão do Estado e que as políticas públicas sejam desenvolvidas para se ter energia atender o desenvolvimento do Brasil”, afirmou Edney Martins.

Também nesta manhã, petroleiros protestaram por cerca de duas horas. Eles fecharam a Avenida Quixito no Distrito Industrial. Segundo eles, a reforma trabalhista deve prejudicar cerca de 700 petroleiros no Amazonas com a retirada de vários direitos trabalhistas como abono de férias e plano de saúde. A classe voltou ao trabalho, mas pretende parar as atividades novamente à tarde.

Também houve protesto em frente à Secretaria Municipal de Educação (Semed). O movimento ocorreu na Avenida Maceió em frente à sede da Semed. Os manifestantes também cobravam transparência no repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb.

O Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito de Manaus (Manaustrans) informou que agentes foram deslocados para controlar a passagem de veículos.

O dia de mobilização contra a reforma também teve adesão de funcionários, produtores rurais e representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Amazonas (Sindsep-AM), no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), na Zona Centro-sul de Manaus.

De acordo com o secretário-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do AM, Walter Matos, a principal reivindicação é a reforma trabalhista,

“Hoje é um dia de paralisação nacional, chamado pelas centrais sindicais do Brasil e objetiva fazer um contraponto da reforma trabalhista que entra em vigor a partir de amanhã. A reforma traz um ataque brutal aos trabalhadores, ou seja, retira o direito dos trabalhadores, inclusive retira a segurança jurídica do trabalho, porque vai colocar empregado frente a frente com patrão para resolver problemas de ordem trabalhista”, informou.

O produtor rural José Rodrigues, de 58 anos, que atua no assentamento Água Branca, que fica localizado entre o ramal do Brasileirinho e AM 010, participou do ato.

“Vim para apoiar os servidores que estão passando por essa situação porque nós acreditamos que tudo que melhorar para instituição pública, melhora para nós também que estamos na base. Quando vai de mal a pior, nós somos os primeiros a sentir”, afirmou.

Amazonianarede-JAM

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