Amazonianarede/Redação
Manaus – Cansaço, aborrecimento, estresse e confusão, foram alguns dos ingredientes encontrados pelos motoristas e passageiros que precisaram atravessar de carro o Solimões partindo do Porto da Ceasa com destino ao Careiro, Castanho ou Autazes, para passar o feriado com amigos ou para homenagear seus mortos nos cemitérios dessas cidades no Dia de Finados.
Seu José dos Anjos, com a família, tentava visitar o túmulo de um irmão no Castanho e para isso, saiu com a família de casa, no Alvorada as 3 horas com a esperança de embarcar o carro numa balsa por volta das cinco horas e já eram mais de 1º horas e ainda não tinha conseguido atravessar.
Para o seu Fernando da Silva Borges, que tinha como destino a cidade de Autazes, o que acontece no Porto da Ceasa com a péssima operação das balsas para o outro lado e daí pra a rodovia BR-319, com destino ao Careiro, Castanho, Autazes e outros pontos da rodovia “! É um desrespeito com a população, especialmente quem depende do serviço das balsas para atravessar com os veículos. Uma vergonha” – afirmou.
O fato é que por volta das 11 horas da manhã, existia uma vila com mais de 200 veículos, a maioria de pequeno porte a espera de conseguir uma vaga nas balsas, que fazem a travessia em torno de uma 60 a 70 minutos, só que a espera para conseguir fazer essas viagens, vira um pesadelo, segundo os usuários de várias horas de muita chateação e estresse.
Seo José Augusto, que tentava visitar o filho o Castanho, chegou a sugerir que as balsas que operavam no São Raimundo, agora desativadas em função da Ponte Rio Negro, sejam deslocadas para a Ceasa, o que segundo ele, dará maior celeridade ao serviço e os usuários não perderão tanto tempo e terão menos aborrecimentos quando tiveram que fazer essa viagem, que segundo ele, mais parece um rali, pois se transforma numa grande aventura.
CINCO BALSAS
Os responsáveis pelo sistema, que opera com quatro balsas particulares e uma do Governo do Estado, tentaram explicar a anormalidade, mas não conseguiram convencer os interessados em atravessar.
Segundo um porta-voz da empresa, das cinco balsas em operação ontem, um dia de movimento redobrado, existiam logo nas primeiras horas da madrugada cinco balsas operando, mas como houve uma colisão ainda ao amanhecer o dia, apenas três continuaram em operação, o que segundo ele embaralhou ainda mais o sistema.
Devido ao acidente com as duas balsas, os responsáveis pelo serviço esperam que hoje ainda pela manhã o sistema seja inteiramente restabelecido e até o domingo, quando deverá ser registrado um grande movimento com o retorno dos veículos que conseguiram atravessar, a operação será mais dinâmica, considerando que deverão operar a pleno vapor as cinco balsas que integral o Sistema Ceasa.
O movimento de ontem, no Porto da Ceasa, teve um fluxo muito grande de veículos, milhares, mas os responsáveis pelo sistema não anunciaram um levantamento estatístico do movimento, disseram apenas que foi muito grande, o que pode ser observado com tranquilidade.