Show de natação no Rio Negro  domingo com a Travessia Almirante Tamandaré  

Show de natação no Rio Negro  domingo com a Travessia Almirante Tamandaré  ( fotos internet)

Serão 332 nadadores de 18 Estados brasileiros dando braçadas nas provas do Rio Negro Challenge, a maior prova de águas abertas da Região Norte.  

Manaus, AM – Neste domingo (3), a partir das 7h, 332 nadadores de 18 Estados brasileiros estarão dando muitas braçadas nas provas do Rio Negro Challenge, circuito que se firma como a maior prova de águas abertas da Região Norte. E eu, que hoje sou jornalista, mas também triatleta, farei parte do grupo de 70 nadadores que irá nadar a tradicional Travessia Almirante Tamandaré, com cerca de 8.5 km de extensão, com largada da Praia do Camaleão e chegada na Ponta Negra.

Hoje, a Travessia faz parte do Rio Negro Challenge, e prevejo grandes emoções, já que faz exatos 10 anos que não atravesso o Rio Negro de praia a praia. Também haverá atletas atravessando o Rio pela primeira vez. Para eles, a Almirante Tamandaré servirá para que possam escrever uma história de superação pessoal, pois é mesmo um grande desafio e uma honra completá-la.

Memórias e expectativas

Para mim, que fiz pela primeira vez essa prova no ano de 1997, eu acredito, quando ainda era criança, a Almirante Tamandaré tem um significado muito especial: faz eu me lembrar de tudo que vivi na natação durante tantos anos. Nessa época, as crianças iam numa balsa até a metade do rio, há aproximadamente 4.5 km da praia, cada uma com seu guia, e era uma grande emoção, assim como é atravessar o rio inteiro, ver primeiramente a praia de longe e, aos poucos, o anfiteatro e os prédios começarem a se aproximar. Lembro do cansaço e das dores no corpo, mas também de ter gana para querer chegar nadando forte. Mas, lembro principalmente de como era emocionante ter que passar entre as duas grandes balsas da Marinha para chegar à praia, e pensar: agora é só chegar, e ser recebida com carinho. É, de fato, incrível.

Eu nunca venci a prova na categoria geral, mas já fui segunda colocada, e também já venci na categoria juvenil, e subi ao pódio várias vezes. Outro orgulho foi ter competido mais de uma vez com a campeã do mundo, Ana Marcela, e, este ano, nadarei com a fera Catarina Ganzeli.

Estou ansiosa para a prova, fico pensando como será cada momento até a sonhada chegada com meus pais me aguardando, e provavelmente vou ficar recordando das minhas outras travessias, como já estou fazendo. Meu guia será meu noivo, Walter Netto, e isso também será muito legal, pois hoje somos dupla em tudo.

A Travessia é especial, independente do resultado que se alcance. Assim é pra mim, ao me lembrar dos treinos que fazia com meus antigos técnicos, Fábio, José Júnior, Botinho e, hoje, com o Mauro. Somente os treinos já rendem histórias. E, este ano, fico feliz de estar escrevendo mais um capítulo da minha história nessa linda prova.

Estreante na prova

Hoje, uma prova do Circuito Rio Negro Challenge, a Almirante Tamandaré atrai não somente nadadores, mas triatletas. Nós não nos dedicamos exclusivamente à natação e, por isso mesmo, fazer a Travessia do Rio Negro é um grande desafio. Esse é o caso do triatleta José Pellegrin, 30, que é engenheiro, acostumado a participar de triathlons de longa distância, mas estreante na Almirante Tamandaré.

José começou a nadar ainda criança. “Foi o esporte em que eu mais me dei bem na vida, mas parei de nadar quando precisei estudar pro vestibular, faculdade. Tentei outros esportes, nunca me dei bem, e pensei: preciso voltar a nadar. Retornei, e conheci meu técnico, o Coronel, que me incentivou a participar do Challenge triathlon, e foi assim que entrei nesse mundo”, conta José.

Através do triathlon, José começou a nadar em águas abertas, participou das provas Rio Negro Challenge no ano passado e este ano, mas, desta vez, resolveu encarar a grande Almirante Tamandaré. “Eu e minha família somos de Minas Gerais, mas vim pra cá bem pequeno, e sempre ouvi minha mãe falar dessa prova, e dizer que eu tinha que fazer a Almirante um dia, então, estou fazendo essa prova por ela”, destaca ele.

“Minha mãe vai estar me esperando na praia, meu pai até participou dos treinos levando eu e outros atletas para os simulados; e a minha namorada, que mora em Campinas, também vem, então estão todos envolvidos, e vai ser uma prova familiar pra mim”, revelou ele.

A preparação de José foi intensa. Ele fez 4.5 km por dia, nos últimos três meses, fez três simulados, e se sente preparado. “Já deu pra ter ideia de como vai ser. Pegamos o rio bom, pegamos com temporal também, e nesse dia resolvemos parar, mas deu pra ver boto, sentir a natureza, e acho que vamos alcançar bons resultados”,  disse, confiante.

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