Brasilia – Tetracampeão com o Brasil nos Estados Unidos, Romário celebrou a saída de Dunga e voltou a atacar Gilmar Rinaldi, ambos seus companheiros na campanha em 1994, após a CBF demitir a dupla do comando técnico da Seleção nesta terça-feira. Em postagem no Instagram, ele pediu mudanças e disse que é o momento para renovação.
– A Seleção precisava de renovação, em todos os sentidos. Desde seu comando administrativo, atolado em corrupção, até o comando técnico, estratégico. E Dunga não representava essa novidade. Além disso, alertei para a gravidade de se montar uma equipe com um conhecido empresário de jogadores no cargo de coordenador de Seleções, Gilmar Rinaldi. Estaria ali para fazer negócios? – questionou.
Com relação a Dunga, Romário foi mais complacente e, além de dizer que foi favorável à sua primeira passagem, tentou não fazer muitas críticas ao ex-companheiro. Mas afirmou que o treinador “aceitou fazer parte disso tudo”. Já com Gilmar, com quem já trocou rusgas no passado, o Baixinho subiu o tom.
– Quem também levou um pé no traseiro foi Gilmar Rinaldi, que volta a exercer sua função de empresário, se é que deixou de exercê-la em algum momento.
Por fim, desejou boa sorte ao novo treinador, que provavelmente será Tite, e disse que a mudança precisa ir além da troca de comando técnico.
– Acabamos com os problemas da Seleção? Longe disso. A renovação precisa ser completa. Enquanto não inaugurarmos uma era de responsabilidade e probidade administrativa, não teremos de volta aquela Seleção que faz brilhar os olhos.
Veja abaixo o comentário na íntegra
“Deu, né, galera?
Dunga esteve à frente da Seleção em duas oportunidades.
Na primeira, sua atuação mediana foi duramente criticada. Eu o defendi.
Na segunda vez, fui um dos primeiros a dizer que ele não deveria ter voltado.
A Seleção precisava de renovação, em todos os sentidos. Desde seu comando administrativo, atolado em corrupção, até o comando técnico, estratégico. E Dunga não representava essa novidade. Além disso, alertei para a gravidade de se montar uma equipe com um conhecido empresário de jogadores no cargo de coordenador de Seleções, Gilmar Rinaldi. Estaria ali para fazer negócios?
O fato é que os resultados não vieram e o Brasil ocupa hoje a sexta colocação nas Eliminatórias para 2018. E não se pode atribuir isso a uma má safra de jogadores. O futebol evoluiu no mundo todo, mas aqui mantivemos no comando corruptos ultrapassados que só pensam em encher os próprios bolsos. Valor de marketing passou a importar mais que futebol em campo e chegamos ao fundo do poço. E Dunga, infelizmente, aceitou participar de tudo isso.
Quem também levou um pé no traseiro foi Gilmar Rinaldi, que volta a exercer sua função de empresário, se é que deixou de exercê-la em algum momento.
Acabamos com os problemas da Seleção? Longe disso. A renovação precisa ser completa. Enquanto não inaugurarmos uma era de responsabilidade e probidade administrativa, não teremos de volta aquela Seleção que faz brilhar os olhos.
Mas desejo boa sorte ao novo técnico e equipe. Eles vão precisar!
Amazonianarede-GE