Rede Amazônica comemora  45 anos de fundação e muitas vitórias e projeta expansão

Sede da Rede Amazônica, na Av. Andre Araújo, bairro do Sleioxo, Manaus

Fundada no início da década de 70, Rede Amazônica está presente em aproximadamente 150 municípios amazônicos.

Amazonas – Em meio a um cenário de incertezas, três jovens com uma ideia na cabeça e muita vontade de fazer acontecer, enxergaram potencial em uma região esquecida, banhada pelo maior rio do mundo. E, o que começou como uma agência de publicidade ganhou contornos inimagináveis, transformou-se na maior rede de comunicação de todo o Norte, a Rede Amazônica. A emissora celebra nesta sexta-feira (1º) 45 anos de fundação no Amazonas, com a meta de expansões na área de cobertura em alguns estados.

A história da empresa teve início no fim da década de 60, quando o empresário Joaquim Margarido, e os advogados por formação e jornalistas por paixão Phelippe Daou e Milton Cordeiro resolveram abrir uma agência de publicidade. Modesta, a “Amazonas Publicidade” ocupava duas salas em um prédio na avenida Eduardo Ribeiro, no Centro de Manaus.

Dos altos da “Padaria Avenida”, o negócio foi conquistando contornos maiores. Os jovens acreditaram no potencial e a prestadora de serviço logo se transformou na empresa de Rádio TV do Amazonas LTDA. Logo, a participação na concorrência do Ministério das Comunicações rendeu a instalação de uma emissora de TV em Manaus, o canal 5.

Após vencer a concorrência, as duas salas ficaram pequenas demais para comportar os sonhos do trio. Com a genialidade do traçado do arquiteto Severiano Porto, a primeira sede da emissora foi construída na avenida Carvalho Leal no bairro Cachoeirinha, na Zona Sul de Manaus. E, o parque de transmissão foi instalado na Avenida André Araújo, no bairro Aleixo, Zona Centro-Sul de Manaus. Equipamentos foram trazidos dos Estados Unidos para transmitir imagens em cores e mão de obra local contratada.

Em 1972, o sonho saiu do papel e o colorido da floresta Amazônica invadiu a casa das pessoas. Algo inédito em todo o território nacional, onde emissoras dos grandes centros ainda transmitiam imagens em preto e branco.

No início, o produto transmitido ainda limitava-se a programas da TV Record, Cultura, Fundação padre Anchieta, filmes, seguidos por shows, desenhos animados e esporte.

Mas, não demorou para surgirem jornais e programas de esporte, com assinatura local. E, claro, sem esquecer do espaço na grade voltado ao público infantil. “Titio Barbosa” e o boneco “Peteleco” ganharem o apreço do público em suas aparições ao vivo e em cores na programação da rede.

Na contramão das emissoras do sudeste e sul do país, a ideia dos jovens não era somente informar ou entreter, mas integrar. O grande desafio do trio era divulgar a Amazônia e reduzir as distâncias entre o ribeirinho que vive da pesca na calha do alto Rio Negro para o lado industrializado do país.

Emissora Rede Amazônica (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)

No final da década de 70, outra licença foi concedida para a criação do Amazon Sat, canal temático voltado para as especificidades do povo e da floresta amazônica.

Em 1986, outro grande passo, com a afiliação a Rede Globo. Da sede em Manaus, o grupo expandiu para os estados de Rondônia, Acre, Roraima e Amapá, chegou também no interior dos estados, além de estar em Brasília.

Com o início dos anos 90, mais transformações em vista. Com a popularização dos sistemas de digitalização de áudio e vídeo, inovar – mais uma vez – era preciso. Em 2009, o 37º aniversário da TV Amazonas foi comemorado a inauguração do canal digital. As fitas e telex deram espaço a câmeras e ilhas digitais.

Hoje, a afiliada Rede Globo no Norte do país conta com o maior alcance da região, cobrindo aproximadamente 150 municípios dos estados de Roraima, Acre, Rondônia, Amapá, além do Amazonas. Ao longo de todos esses anos, o grupo vem se destacando por divulgar a Região Amazônica.

“Os fundadores sempre se ajudavam mutuamente para que a empresa sempre crescesse. A empresa veio em um momento que havia necessidade de se integrar a Amazônia por meio da comunicação e nós conseguimos fazer isso. Dr Phelippe teve esta visão de olhar para a Amazônia inteira e não somente para a capital, como outras emissoras fizeram. Esta é uma historia bonita de integração de toda essa região que era isolada e desligada do Brasil, a partir da visão destas três pessoas”, disse o filho de Joaquim Margarido, o jornalista Luis Margarido.

Após 44 anos de investimentos e a certeza de dever cumprido, em 2016, foi hora de descansar. Primeiro Joaquim Margarido, em 5 de outubro de 2016 partiu, seguido por Milton Cordeiro em 30 de outubro do mesmo ano. E, em dezembro de 2016, morreu Phellipe Daou.

Emissora Rede Amazônica (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)

Nesta sexta-feira (1º), são comemorados 45 anos de fundação da Rede. Mas, como tudo na vida, o sentimento de dever cumprido caminha ao lado da saudade.

“A saudade é grande, não tem como negar, mas eles gostariam que seguíssemos em frente, tocássemos os projetos deles para frente. Isto foi exposto pelo meu pai e é isso que estamos lutando para fazer. Não só seguir aquilo que eles nos aconselharam a fazer, mas ir além e surpreendê-los. Ate. Mas nunca perdendo a essência, só trazendo um pouco de juventude para o processo, e jamais perdendo seus valores e o foco”, disse Ceo da Rede Amazônica, Phelippe Junior.

Amazonianarede-Rede Amazonica

 

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