Manaus, , AM – A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) confirmou neste sábado (23) que o estado registrou quatro mortes na última semana por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A doença é causada pelo vírus da gripe Influenza A, H1N1, que – segundo o órgão – está circulando no estado.
Confira detalhes dos casos registrados:
Bebê de 11 meses, em Manaus;
Mulher hipertensa e diabética de 52 anos, em Manacapuru;
Mulher grávida, em Parintins;
Homem de 37 anos, em Manaus.
Outros óbitos estão em investigação, segundo a FVS. Em todos os casos, os pacientes procuraram o serviço de saúde tardiamente.
O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-FVS) confirmou na tarde da última sexta-feira (22) que o agente etiológico nos casos de óbito foi Influenza A, transmitida pelo H1N1.
Conforme o Boletim Epidemiológico de Vigilância de Síndrome Gripal, até o momento, foram registrados 104 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), das quais 27 foram positivas para Influenza A (H1N1), em jovens e adultos, e 18 casos positivos para Vírus Sincicial Respiratório (VRS), em crianças menores de dois anos.
Importante
Segundo o vice-governador e titular da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam), Carlos Almeida, afirmou que é importante que as pessoas procurem unidades de saúde assim que apresentarem os sintomas do vírus.
“Nossa rede está abastecida com a medicação para o tratamento das síndromes gripais agudas e é importante que as pessoas procurem as unidades diante dos sintomas.
Principalmente, aquelas que estão na faixa de risco e não se vacinaram ano passado, durante a campanha que o Ministério da Saúde realiza em todo o Brasil”, afirmou.
Na faixa de risco estão: bebês, idosos, pessoas com doenças crônicas, grávidas, mulheres até 45 dias após o parto, trabalhadores da saúde, profissionais da educação, povos indígenas, pessoas privadas de liberdade e profissionais do sistema prisional.
“O vírus da gripe pode se manifestar de forma grave nas pessoas susceptíveis, por isso, a importância de vacinar. Como a próxima campanha de vacinação está prevista para abril, temos que manter a vigilância e conscientizar as pessoas sobre os cuidados”, disse o secretário.
Período Sazonal
O período sazonal da gripe e das síndromes respiratórias agudas no Amazonas costuma acontecer no início do ano, com a intensificação das chuvas.
Conforme o boletim da FVS, começou a ser notificado, a partir da segunda semana de fevereiro, um aumento de cerca de 50% no atendimento de casos de síndrome gripal na rede de urgência e emergência da Secretaria de Estado de Saúde (Susam).
Para a diretora presidente da FVS, Rosemary Costa Pinto, a alta transmissibilidade do vírus H1N1 é preocupante.
“O vírus circulou no segundo semestre do ano passado, nas regiões Sul e Sudeste do país, e, normalmente, ele circula no Norte e Nordeste no semestre seguinte”, disse.
Ainda segundo Rosemary, antecipando um possível surto, desde janeiro, a FVS abasteceu toda a rede pública e privada da capital e do interior com 49 mil cápsulas de antiviral recomendado para ser utilizado no tratamento da doença, mantendo ainda, um estoque estratégico para atendimentos emergenciais.
“Desde janeiro, a rede está sendo preparada para o período sazonal da doença, definindo os protocolos clínicos e manejos dos casos”, acrescentou.
Rosemary afirma que a medicação contra a H1N1 tem maior eficiência terapêutica quando ministrada durante as primeiras 48 horas de apresentação dos sintomas da doença. “Gripe não deve ser banalizada e negligenciada. Por isso, é preciso ficar atento para não procurar as unidades de saúde em estado crítico”, alertou.
Sintomas e recomendações
Considerada uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, a influenza é caracterizada por febre alta de início súbito, acompanhado por intensas dores musculares e articulares, dor de cabeça, dor de garganta e coriza.
A gripe é transmitida pessoa a pessoa, ao falar, tossir, espirrar, e pelas mãos que transmitem o vírus por contato direto ou contaminando superfície e objetos. Portanto, a FVS recomenda a lavagem frequente das mãos, o uso de álcool gel, evitar aglomerados e evitar a exposição de menores de cinco anos ao clima chuvoso.
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