Manaus – O projeto de alargamento da avenida Umberto Calderaro Filho (antiga av. Paraíba), primeira de uma série de intervenções que a Prefeitura de Manaus fará para melhorar a mobilidade urbana e a fluidez no trânsito, foi apresentado a mais de 20 proprietários de imóveis do trecho previsto para entrar em obras nas próximas semanas.
A apresentação do projeto ocorreu nesta segunda-feira, 13, na sede do Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (Implurb) e foi feita por diretores, arquitetos e equipe técnica do órgão. No local, os proprietários dos imóveis puderam também retirar dúvidas e agendar reuniões individuais para a análise de cada caso.
Apenas dois interessados não compareceram ao encontro e serão convidados novamente pelo Instituto.
O alargamento da avenida prevê a abertura de uma nova faixa de trânsito na caixa viária, aumentando para cinco o número, além do recuo da calçada, com nova construção no padrão de três metros. Em geral, os imóveis afetados pela intervenção vão abrir espaço ao calçamento, em concreto, no padrão hoje existente na avenida do lado esquerdo, com paisagismo e acessibilidade universal.
O projeto é um trabalho conjunto das secretarias municipais de Infraestrutura (Seminf), Implurb, Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans) e Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) e deverá se estender, futuramente, para outros logradouros da capital, como a avenida André Araújo, Ephigênio Sales, Darcy Vargas, entre outras vias, com o foco na melhoria da mobilidade urbana.
Aos proprietários foram apresentados os trechos de obras, cujo trabalho inicia pelos seis primeiros imóveis a partir da rua Marciano Armond (antiga Natal), assim como o cronograma dos trabalhos, que prevê duração de três meses para a conclusão do alargamento e das novas calçadas.
“Com os acordos definidos, serão liberadas as obras, que incluem a construção de novos muros, a demolição dos existentes, a demolição das calçadas e a construção de novas, a realocação de postes, asfaltamento, sinalização viária e paisagismo”, explicou o diretor de Planejamento Urbano (DPLA), Laurent Troost.
Segundo o assessor jurídico do Implurb, Márcio Alexandre, a Prefeitura de Manaus, como Poder Executivo, pode realizar desapropriações devidamente fundamentadas para benefício de toda a sociedade. “Mas é fundamental a participação, neste processo, dos proprietários. Porque não é só desapropriar trechos para melhorar a mobilidade e o trânsito numa via estrangulada, que não interessa a ninguém, é também fazer com que os donos dos imóveis façam parte efetiva e abracem a requalificação”, disse.
Obra
O trecho de intervenção vai da rua Marciano Armond até a avenida André Araújo, tendo como meta alargar a via existente, aumentando das atuais quatro faixas para cinco, além de construir novas calçadas de três metros do lado direito. No dia 30 de abril, o Decreto Municipal 2.759, publicado no Diário Oficial, declarou de utilidade pública, para fins de desapropriação, todos os imóveis da citada via, em razão do interesse público de reordenar os espaços urbanos, melhorar a mobilidade e a qualidade de vida da população de modo geral.
A desapropriação visa garantir aos pedestres uma área de circulação com o mínimo de segurança e conforto, além de minimizar o impacto do tráfego de veículos na avenida, que recebe fluxo de diversos sentidos.
Os passeios, a exemplo do projeto da nova Djalma Batista, continuarão amplos e generosos, como característica do trecho da Vila Municipal. A faixa extra ampliará a capacidade viária da rua, reduzindo os congestionamentos no trecho, com reflexo direto nos corredores viários da capital.
O decreto de desapropriação cita 18 lotes, incluindo quatro trechos mais carregados da via, por onde passam em média quatro mil veículos por hora. O passeio público será construído na área a ser desapropriada dos terrenos.
Fonte: Semcom