Prédio condenado no Centro foi lacrado

A Prefeitura de Manaus lacrou, no final da tarde de quinta-feira, 23, o prédio conhecido como “Titanic”. A Defesa Civil do Município condenou a estrutura após inspeção realizada há duas semanas no local, onde encontrou rachaduras, ferragens expostas e insalubridade.

A ação foi coordenada pela Secretaria Municipal Extraordinária para Requalificação do Centro (SEMEX), com o apoio do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) e da Secretaria Municipal de Infraestrutura.

Localizado na rua Mundurucus, Centro, Zona Sul, atrás do Edifício Garagem, o prédio servia de domicílio, em condições subumanas, a 12 famílias. De acordo com a subcoordenadora de Assistência Social da Semex, Priscila Martiniano, seis dessas famílias se encontravam em situação de vulnerabilidade social e receberam o benefício aluguel social no valor de R$ 300, da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semasdh).

O pedreiro Alexandre Gomes Ferreira, 34, disse que os técnicos da Prefeitura acompanharam todas as famílias na procura das casas para que alugassem. A maioria permaneceu no Centro da cidade. Uma das famílias se mudou para o Jardim Mauá, Zona Leste, e a de seu Alexandre seguiu para o bairro Nova Cidade, Zona Norte. “A casa que conseguimos, lá no Nova Cidade, tem até quintal para as crianças brincarem”, comemorou.

Alexandre foi o último morador a deixar o prédio. Há 13 anos residindo no local, ele disse que vivia com medo de um dos seus filhos ou netos cair do terceiro andar por conta da falta de paredes ou parapeito adequado. “O medo aumentava em noites de chuva”, comentou, acrescentando também que vivia em estado de alerta, por conta do índice de criminalidade na área.

Os trabalhos de desocupação iniciaram no dia 17 de maio sob a coordenação da Secretaria do Centro. Segundo o fiscal do Implurb Vinícius Jhon, o filho do proprietário identificado como Ivan Arteiro já foi notificado. Se ele não apresentar o plano de demolição voluntária em 24h a prefeitura se responsabilizará pela demolição do prédio e cobrará os custos do proprietário. Caso Ivan Arteiro não consiga cobrir os custos, a Prefeitura tomará a propriedade para o Município.

(Semcom) 

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