Portugal dá 40 dias para Brasil pedir extradição de operador de propina

Schmidt disse que não tem como fugir, pois seu nome está na difusão vermelha da Interpol
Schmidt disse que não tem como fugir, pois seu nome está na difusão vermelha da Interpol
Schmidt disse que não tem como fugir, pois seu nome está na difusão vermelha da Interpol

CURITIBA, PR – A Justiça de Portugal deu 40 dias para as autoridades brasileiras formalizarem o pedido de extradição do operador Raul Schmidt Felippe Junior. Alvo da 25ª fase da Operação Lava-Jato, Schmidt foi detido em Lisboa na segunda-feira e é suspeito de participar do pagamento de propina a ex-diretores da Petrobras.

O juiz desembargador Agostinho Torres, da 3ª Seção do Tribunal da Relação de Lisboa, decidiu que a descrição dos crimes atribuídos a Schmidt é suficiente para manter a prisão provisória. Ele reconhece, porém, que as autoridades brasileiras não ofereceram “descrição detalhada e exaustiva da factualidade imputada ou imputável”.

Em depoimento prestado à Justiça portuguesa na terça-feira, Schimdt se declarou contrário ao pedido de extradição. Ele afirmou que saiu do Brasil em 2005 e que conseguiu a nacionalidade portuguesa em 14 de dezembro de 2014. Neste processo está sendo analisada apenas a sua extradição. Não foram feitas perguntas sobre os crimes atribuídos a ele pela Lava-Jato.

Ao se posicionar contra a extradição, Schmidt disse que não tem como fugir, pois seu nome está na difusão vermelha da Interpol, e informou que tem se dedicado há vários anos à organização de exposições, compra e venda de objetos de arte, sobretudo ligado ao design de móveis. O operador também disse que é sócio de uma empresa suíça que tem fábrica na Itália.

A prisão de Schmidt foi pedida pela Lava-Jato em julho de 2015, por isso ele era considerado foragido até o início da semana. Ele é acusado de intermediar negócios de empresas estrangeiras com a área internacional da Petrobras por meio do pagamento de propina a pelo menos três ex-diretores da Petrobras – Jorge Zelada, Nestor Cerveró e Renato Duque.

amazonianarede-agênciaoglobo

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