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Manaus – Os trabalhadores portuários paralisaram as atividades na manhã desta sexta-feira (22).
Em Manaus, cerca de 600 operários tentam barrar a Medida Provisória 595, que reestrutura os portos do país e autoriza estações portuárias privadas a receber cargas de terceiros. A categoria teme perda de mercado de trabalho.
Segundo Orlando Muniz, secretário-geral do Sindicato dos Empregado da Administração dos Serviços Portuários de Manaus (Sindiporto), os serviços de carga e descarga dos navios estão comprometidos. No entanto, o sindicalista adverte que a capital amazonense possui apenas um navio cargueiro atracado nesta sexta.
Segundo ele, a classe dos operários atua no regime de prestação de serviços e a remuneração depende da carga e do tamanho do navio. Com o aviso de greve em âmbito nacional, nenhum funcionário foi solicitado à entidade classista. “Já sabiam que ia haver a greve e não nos chamaram. De qualquer forma, o navio está parado”, afirmou Orlando Muniz. A previsão é que a paralisação seja encerrada por volta das 13h (hora local).
Segundo Orlando Muniz, a greve dos portuários é liderada pelo Porto de Santos (SP), maior estação portuária da América Latina. Os portos da capital amazonense atendem, em média, 20 embarcações de grande porte mensalmente.
MP dos Portos
A Medida Provisória (MP) 595, MP dos Portos, altera a operação dos portos privados. Na lei atual (8.630/93), as funções de capatazia, estiva, conferência, conserto de carga, bloco e vigilância das embarcações é realizado trabalhadores portuários avulsos, por prazo
indeterminado, nos portos brasileiros. Pela aprovação da MP, as estações portuárias privadas estão autorizadas a receber cargas de terceiros.
Na manhã desta sexta, representantes portuários tem uma reunião marcada com a ministra da Casa Civil, Gleise Hoffmann, em Brasília para negociar o andamento do movimento grevista.