Amazonianarede – TV Amazonas
Parintins, AM – A Defesa Civil Estadual e Municipal interditaram, parcialmente, o Porto de Parintins, a 369 Km de Manaus, nesta segunda-feira (1º). Após inspeção técnica, engenheiros constataram problemas na estrutura do terminal fluvial, que custou mais de R$ 25 milhões, se somado o montante investido na construção e na última reforma realizada em 2011.
Para o órgão, havia risco de desabamento no segundo maior terminal hidroviário do Amazonas.
O coordenador da Defesa Civil municipal, Suammy Patrocínio, foram constatadas presença de trincas, quebras de soldas, fissuras e deterioração na estrutura metálica da balsa flutuante e da boia fixa da ponte, a qual liga a parte de atracação das embarcações ao terminal. Segundo Suammy, o problema pode ter sido gerado pelo atrito de troncos de árvores que descem o Rio Amazonas e atingem a estrutura portuária, permanecendo presos ao cais.
A vistoria teve apoio da Capitania dos Portos e uma equipe, composta por dois engenheiros e representantes das defesas civis.
“Interditamos por medida de segurança, mas a Capitania dos Portos já tinha tomado algumas providências junto à administração do Porto, dentre elas a redução do fluxo de veículos e atracação somente de embarcações de menor porte. Mesmo assim, havia risco de desabamento da estrutura, se continuasse sendo utilizada”, esclareceu Suammy Patrocínio.
Segundo o representante, a decisão de interdição foi consensual e acatada em reunião pela administração do Porto de Parintins. Enquanto estiver interditado, os barcos poderão somente ancorar no muro de arrimo do porto área defronte ao estacionamento.
“A administração do porto ficou de confeccionar as peças da estrutura metálica danificada e substituí-las para voltar à normalidade ainda nesta semana. Entretanto, vamos liberar o terminal após nova vistoria dos engenheiros da Prefeitura, isso desde que respeite as condições necessárias de atendimento aos aspectos de segurança exigidos”, enfatizou o coordenador da Defesa Civil de Parintins.
Terminal Fluvial
Embora tenha passado por reforma em 2011 que custou R$ 9,3 milhões e tenha recebido investimento total superior a R$ 25 milhões desde construção em 2006, o Porto de Parintins ainda não comporta atracação de transatlânticos e outras embarcações de grande porte. O problema é apontado pela Prefeitura como um dos entraves que afetam o desembarque de turistas na cidade.
“Acredito que o porto deve ser repensado a médio e longo prazo. Exemplo disso, que o terminal atual não aguenta atracação de navios. As amarras do porto não são apropriadas, isso é um absurdo. Os navios que chegam a Parintins, que não são poucos, têm que parar no meio do rio e o visitante seguir de bote até o desembarque. Os turistas que vêm da Europa e dos Estados Unidos deixam de visitar a cidade para não passar por isso. Um navio com cinco mil turistas, se 300 descerem, é muito”, reclamou o prefeito de Parintins, Alexandre da Carbrás.