Manacapuru – O período das cheias dos rios é marcado pelo sofrimento do povo manacapuruense, que padece com as alagações, obrigando muitos a se desfazerem das casas para buscar um lugar mais seguro para morar.
É também quando se dão as grandes perdas, principalmente a comunidade rural, que passa muita necessidade pela falta de alimento, no momento em que a colheita é tragada pelas águas do rio Solimões.
A imensidão de água, porém, não traz somente a calamidade e o sofrimento. A cheia dos rios revela as paisagens mais bem elaboradas pela criação, algumas das quais são características do Município e só podem ser encontradas aqui. São verdadeiros paraísos que se formam em meio ao sofrimento de um povo que tenta esquecer a necessidade e o sofrimento, sendo ao mesmo tempo privilegiado pela visão paradisíaca que a natureza proporciona.
A beleza aparece
Em meio a todo esse sofrimento e quase desespero, existe o lado bom, para os ribeirinhos e para os visitantes, em função da enchente, que apesar de danosa e de provocar prejuízos financeiros e doenças aos ribeirinhos, tem o seu lado belo, que pode ser vivenciado através de passeios em canoas e voadeiras pelos igapós, muito apreciado pelos turistas.
Os próprios ribeirinhos, acostumados com essas belezas amazônicas, ainda ficam admirados com o que a natureza lhes apresenta, fato que faz da “Amazônia um mundo a parte, colorido e muito bonito, garantem os ribeirinhos, que aguardam o início da baixada das águas” – garantem.
A Vitória Régia, flor silvestre amazônica conhecida no mundo interiro, é a grande atração desse passeio pela mata dentro d’água e os visitantes não se cansar de registrar a imagem em suas máquinas fotográficas e filmadoras, mesmo a grande maioria sendo amazonense ou vivendo na terra, mas ainda assim, a Vitória-Régia chama a atenção. (A Voz de Manacapuru e Redação)
