O Apelido que virou livro: “Pingo nos Is”

(Amazonianarede – Osny Araújo)

O ex-superintendente regional do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), ex-deputado federal e atual titular da diretoria de mercado do centenário Jornal do Commercio, em concorrido evento realizado no auditório da Federação do Comercio do Estado do Amazonas (Fecomercio), com a participação de sua legião de amigos, representados por jornalistas, empresários, profissionais autônomos e autoridades, o parintinense Ubaldino da Silva Meirelles lançou hoje um livro com a sua autobiografia, intitulado “Pingo nos Is”, escrito pelo seu sobrinho Lucio da Silva Bezerra de Menezes, onde o biografado conta fatos importantes dos seus oitenta anos de vida.

“Pingo nos Is”, prefaciado pelo seu filho, Thomaz da Silva Meirelles, superintendente regional da Conab e apresentado pelo jornalista e empresário Guilherme Aluízio de Oliveira e Silva, diretor-presidente do Jornal do Commercio, descreve com clareza alguns dos principais momentos da vida do biografado com as suas peripécias na infância, das brigas na rua de um garoto que não levava desaforos pra casa, das suas peixões pela sua terra, Parintins, bumbá “Garantido”, e pelos clubes Rio Negro de Manaus e Vasco da Gama, do Rio de Janeiro.

Após as palavras do apresentador da obra, Guilherme Aluízio, Ubaldino Meireles, fez um pronunciamento de agradecimento, especialmente aos seus amigos, a grande maioria ali presentes e a equipe que o ajudou na feitura do livro com a sua autobiografia que tem como título “Pingo nos Is”.

Disse eu sempre muito extrovertido, por isso, gostava de andar com turmas mais velhas, por isso ganhou o apelido de Pingo, utilizado por muito tempo pelos velhos amigos e depois esquecido e até para homenagear esse momento da sua vida, ainda na Ilha de Tupinabarana que conta a sua própria história.

Antes do lançamento, conversando informalmente com o Portal Amazonianarede, Ubaldino fez questão de afirmar que o livro, patrocinado por vários amigos, “graças a Deus tenho muitos”, não será comercializado. Todos os exemplares que circularem, serão fruto de cortesia.

Na obra, reunindo as lembranças de Ubaldino Meirelles, desde a sua infância, demonstra o apego à família e aos amigos. Demonstra e prova com documentos, alguns episódios marcantes na trajetória de sua vida, alguns verdadeiramente marcantes na trajetória de um homem realizado que apenas quis restar contas de sua vida a sua legião de amigos e conterrâneos. Nessa vida de sucesso em todas as suas empreitadas, talvez uma decepção – tentou, mas não conseguiu ser prefeito da sua amada Parintins. Ubaldino chegou a disputar a Prefeitura do seu município contra Enéas Gonçalves e Bi Garcia por um partido pequeno, o PTdoB e apesar do seu slogan de campanha ganhou corpo na cidade, com o famoso chavão “70 neles”, que era o numero do partido, não conseguiu chegar a Prefeitura, mas isso, não o desestimulou e continuou a tocar a vida e como homenagem, quando caminha pelas ruas de Parintins, ouve sempre o chavão “70 neles” e segundo ele, isso é uma prova de que os seus conterrâneos o admiram, respeitam e o querem bem.

No lançamento do livro, um toque bem caboclo. Um amigo, de nome Cledilson, dono de um grande talento, natural de Envira no interior do Amazonas, deu um grande show, imitando com perfeição e de forma natural, o cântico de vários pássaros da Amazônia, Ben-te-vi, pipira, Curió, Uirapuru e outros, de um repertório de 37 imitações, muitas quais conhecidas pelo Brasil a fora e seguida por um conjunto musical com músicas de autoria do parintinense Chico da Silva.

REALIZAÇÕES

Como não poderia faltar, no livro Ubaldino Meirelles recorda varias de suas realizações, especialmente no INSS e na Câmara dos Deputados.

Lembra por exemplo, o quanto trabalhou para a criação do Centro Previdenciário do Amazonas, na Rua Codajas, na Cachoeirinha, hoje conhecido como o PAM da Codajas, da implantação do hospital Padre Colombo, em Parintins e do laboratório Lavoisier entre outras realizações ao tempo em que comandou o INSS no Amazonas.

Como deputado federal, entre os feitos, destaca no livro a implantação da Rede Armazenadoras de Grãos, para dar suporte ao produtor rural e o incansável trabalho que travou em Brasília para o reajustamento da aposentadoria rural e lembra e tantas outras ações em favor do Brasil e do Amazonas, especialmente voltadas para o interior. Sempre me preocupo muito com o interior e seus habitantes” – afirma.

PONTE AÉREA

Hoje, com a vida mais folgada e menos atribulada de, Ubaldino Meirelles vive numa ponte aérea ou náutica entre Manaus e Parintins, uma vez que mantém residência nas duas cidades.

Perguntado por um amigo qual a receita para se chegar aos oitenta anos com saúde e jovialidade, o biografado não se fez de rogado e afirmou: “O negócio é comer acari-bodó assado ou no tucupi”. Essa é a receita.

Outro amigo se meteu na conversa e afirmou: “Quando encontro o Ubaldino em Parintins, ficou preocupado com a sua saúde. Ele passa grande parte do tempo sentado numa confortável cadeira de balanço à sombra de uma mangueira, observando as belezas do rio Amazonas e até parece que cortam o rio nos dois sentidos. Acho que ele tem lá uma vida muito estressante, por isso, tenho procurado um antigo contar que os coletivos utilizavam em Manaus, quando os ônibus ainda não tinham catracas, que marcavam o numero de passageiros por viagem. Acho que isso vai facilitar a sua vida na contagem dos barcos que cortam o Amazonas” – brincou o amigo.

Ubaldino sorriu com a brincadeira e explicou. “Essa mangueira em a plantei há muitos anos em frente da minha casa e agora, quando estou em Parintins funciona como meu escritório e ainda me oferece uma rapidamente paisagem verdadeiramente fantástica, com o rio Amazonas à frente um belo por do sol. Os meus amigos podem ficar certo, que aqui não morreu de estresse e muito menos de enfarte”.

Ele afirma ainda que não tem maiores pretensões como escritos, mas a plateia espera que ele continue com outras obras e possam colocar outros muitos “Pingos nos Is”.

Ele garante ainda que não tem nenhum propósito de se proclamar escritor e tão pouco candidatar-se a tão nobre missão. Sou apenas um filho de Parintins, prestando contas da minha vida e dos cargos por onde passei ao povo do meu Estado” – finalizou.

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