Numa apuração com tumulto e briga generalizada a Império de Casa Verde é campeão do Carnaval de S. Paulo

Império da Casa Verde, campeão do Carnaval de S. Paulo

 

Império da Casa Verde, campeão do Carnaval de S. Paulo
Império da Casa Verde, campeão do Carnaval de S. Paulo

São Paulo – Com um enredo abstrato sobre os mistérios da vida, a Império de Casa Verde foi eleita a campeã do Carnaval 2016 de São Paulo. O resultado foi anunciado durante a apuração das notas, na tarde desta terça-feira (9). É o terceiro título da agremiação no Grupo Especial.

“Estamos muito emocionados com o trabalho que foi feito. Acho que foi bem concluído na avenida. E foi merecido esse título da Império aqui”, comemorou Alexandre Furtado, presidente da escola campeã.

Ex-Rosas de Ouro e estreante na Império, o carnavalesco Jorge Freitas exaltou a comunidade: “Trabalho de um ano foi recompensado com esse título. É um trabalho muito forte de comunidade. Parabéns a vocês da Império”, disse.

Até o final da leitura do quarto quesito, samba-enredo, a Mocidade Alegre era a única escola com apenas notas 10 de todos os jurados – a agremiação “gabaritou” também mestre-sala e porta-bandeira, enredo e alegoria. A Império de Casa Verde assumiu o topo da apuração na categoria bateria e se manteve em primeiro lugar até o final da leitura das notas.

Confusão na apuração

Muita confusão e briga na apuração
Muita confusão e briga na apuração

A apuração foi marcada por confusão, empurra-empurra e reclamações de integrantes das escolas, especialmente da Vila Maria, que teve um representante detido pela Polícia Civil. A confusão começou na leitura das notas de evolução, depois que um dos jurados deixou de dar nota à Império de Casa Verde, que acabou ficando com duas notas 10 no quesito.

Nova revolta ocorreu quando outro jurado, desta vez no quesito harmonia, deixou de atribuir nota à escola Dragões da Real no quesito. Foi quando policias tiveram de intervir e houve detenção de um integrante da Vila Maria.

Nenhuma escola foi penalizada antes do início da leitura dos votos. O quesito fantasia foi definido como critério de desempate caso duas escolas de samba ficassem empatadas com o mesmo número de pontos ao final da apuração
A escola, escolhida pela grandiosidade de seus carros alegóricos, foi a segunda a desfilar na noite de sábado no Anhembi, com a missão de quebrar o jejum de dez anos sem títulos. O responsável por essa mudança foi o carnavalesco Jorge de Freitas, ex-Rosas de Ouro, que teve o desafio de fazer um desfile com a sua assinatura, mas sem perder a identidade luxuosa do “Tigre Guerreiro”.

Foliões campeões em S. Paulo
Foliões campeões em S. Paulo

A combinação deu certo e a agremiação da zona norte de São Paulo apresentou alegorias e fantasias ainda mais suntuosas do que de costume, em um desfile tradicional, que apostou em muitas plumas, fantasias bem acabadas e volumosas, que deixaram as alas compactas e bem preenchidas.

A proposta do enredo era viajar por tudo aquilo que o homem busca explicação, como os mistérios da fé, da morte, de civilizações antigas ou míticas e da vida em outros planetas. A junção da “megalomania” da Império com o pendor para o luxo de Jorge de Freitas resultou também em carros gigantes, como o enorme abre-alas, dividido em três módulos, ladeado por tigres de grandes proporções e com fontes de água, representando a cidade mítica do Eldorado.

A segunda alegoria representava a fé, com predominância de cores que remetem à vida religiosa, como o dourado e o vinho. Na sequência, as alegorias chamadas pelo carnavalesco de nave-mãe traziam a Atlântida e o calendário Maia. A comissão de frente abriu o desfile com um integrante representando o criador do mundo, em meio a componentes divididos entre as trevas e a luz.

O tigre, campeão, símbolo da Império da Casa Verde
O tigre, campeão, símbolo da Império da Casa Verde

Jorge investiu pesado na aproximação com a comunidade para que a escola seja reconhecida também pela harmonia, evolução e entrega dos componentes na defesa do samba, e conseguiu entregar um desfile sem problemas nem correria, encerrado após 57 minutos dos 65 permitidos.

À frente da poderosa bateria, reinaram a rainha Valeska Reis (assistente de palco de Rodrigo Faro na Record) e a madrinha Lívia Andrade, atriz e musa de Silvio Santos no SBT, que usou lentes vermelhas, representando o anjo da morte.

Com as piores notas, X-9 e Pérola Negra foram rebaixadas para o Grupo de Acesso do Carnaval paulista.

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