
(Foto: Cézar Magalhães/Diário do Pará)
Belém – A concentração de servidores estaduais, a partir das 7 horas do próximo dia 13 de fevereiro, na praça do Operário, em São Brás, vai marcar o início de um grande ato contra o Governo do Estado do Pará.
São esperados integrantes de, pelo menos, dezoito segmentos de trabalhadores e entidades sindicais. Os manifestantes seguirão em caminhada até o CIG (Centro Integrado de Governo), na avenida Nazaré, onde vão exigir audiência com o governador do Estado e a assinatura da revogação dos decretos que retiram direitos dos trabalhadores.
Em nota divulgada ontem à imprensa, os coordenadores do movimento destacam que o não atendimento por parte do Governo deverá ser respondido pelos servidores com a organização de greve geral, a ser deliberada pela categoria. O movimento quer aproveitar para construir uma pauta estadual unificada dos trabalhadores e trabalhadoras do serviço público para uma forte campanha salarial em abril/2014.
A paralisação geral foi decidida em reunião com as entidades representativas dos servidores na quinta-feira (6), na sede da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil. Na carta à imprensa, os organizadores qualificam o momento como a união dos servidores “ante a postura arrogante do governo tucano que tentou jogar nas costas dos servidores a culpa da gestão irresponsável por eles realizada, que somente atende os interesses dos amigos do governo, regados com política de isenções fiscais milionárias e do empreguismo fisiológico e sem concurso, de parentes e apadrinhados”.
Os servidores destacaram como intransigente a postura da secretária de Administração, Alice Viana, durante reunião com a Comissão que buscava negociar o fim dos decretos, quando teria afirmado que “o governo não iria atender o capricho de alguns sindicalistas”.
O ato do governo de retirar direitos e reduzir vencimentos dos servidores causou indignação e revolta aos trabalhadores, cansados do assédio moral, das condições insalubres de trabalho e dos baixos salários. “É necessário radicalizar a luta para responder à altura esse ataque do governo e o descaso em atender as demandas dos trabalhadores e da sociedade, apontando para a realização de uma greve geral, caso o governo não revogue os decretos antiservidores, respondendo que não aceitamos o corte de direitos, que rebaixam ainda mais a qualidade de vida dos trabalhadores”, diz a nota.
Pleito
A luta atual é unitária pela revogação dos decretos, mas cada entidade sindical poderá incluir nas ações dentro da sua área de representação, as demandas específicas, como a luta pelo PCCRS.
Quem vai parar
CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil); CUT (Central Única dos Trabalhadores); CSP (Conlutas – Central Sindical e Popular Conlutas); CSB (Central de Sindicatos Brasileiros); FSPEPA (Fed. dos Servidores Públicos do Estado do Pará); SEPUB (Sindicato dos Servidores Públicos do Pará); SINTEPP (Sind. dos Trab.em Educação Pública do Pará); Sindsaúde (Sind. dos Trabalhadores em Saúde do Pará); SINDFEPA (Sind. dos Servidores em Fundação do Pará); SINDSFEPA; Sindialepa (Sind. Servidores da Ass. Legislativa do Pará); SINASPA (Sindicato dos Assistentes Sociais do Pará); SINTEPA, SINDETRAN, SINTAUEPA, SINDIAMBIENTAL, STAFPA, SINDIJU.