Belém, PA – O acidente na ponte Moju Cidade será investigado pela Polícia Civil e também pela Marinha. Na Polícia Civil, o inquérito será de 30 dias (podendo ser prorrogado por mais 30).
A Marinha também buscará a causa do choque entre a balsa e o pilar da ponte. Ao final, a empresa responsável pela embarcação poderá ser chamada a arcar com os prejuízos.
Ainda hoje, diretores da Agropalma, a empresa que terceirou os serviços da balsa, se reúnem com o secretário de Transportes para avaliar se haverá algum tipo de ação em conjunto.
O choque no pilar fez com que as duas partes da ponte ficassem penduradas como uma espécie de tapete formando uma imagem impressionante. A avaliação inicial é de que a balsa não seguiu pelo canal de navegação que tem 80 metros e segue as especificações da Marinha.
Eduardo Carneiro diz também que o local estava bem sinalizado e iluminado, mas há cerca de 90 dias outra embarcação se chocou com o pilar do canal de navegação dessa mesma ponte, danificando as defensas metálicas (espécie de cercadinho em volta dos pilares). Na época, a embarcação que causou o acidente não foi identificada.
O titular da Setran diz que após esse acidente, as defensas de todas as pontes forma reforçadas. O pilar atingido não possuía defensas porque, segundo ele, fica fora do canal de navegação por onde deveria ter passado a balsa.
Professor de Engenharia da Universidade Federal do Pará (UFPA), Luís Augusto Veloso diz que pelas imagens da ponte é possível calcular que o impacto do choque foi grande, mas diz acreditar haver chances de recuperação da estrutura. “Será preciso fazer uma avaliação do trecho existente, da estrutura, dos danos para ver o que será necessário fazer”, afirma.
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