(Amazonianarede – Seind)
Com o polêmico programa Maias Médicos, lançado pelo Governo Federal atrravés do Ministério da Saúde para levar médicos para municípios brasileiros onde não existem esses profissionais, as comundiades indigenas também seraão beneficiadas.
A primeira fase do programa separou 19 médicos para atender os 168,7 mil indígenas cuja existência seja de conhecimento do governo brasileiro. A informação é do titular da Secretaria Especial da Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, Antônio Alves de Souza.
Dos 19 profissionais – 17 são cubanos – vão atuar em cinco dos sete Distritos Sanitários Especiais Indígena (Dsei), como são conhecidas as unidades de saúde indígena.
A quantidade de médicos é insuficiente para atender todos os distritos indígenas. Dois Dsei ficaram sem novos médicos e o titular da Sesai não soube informar se hoje há médicos nestes locais.
Dos 19 médicos, seis ficarão em Manaus; três no Vale do Javari; seis em Tabatinga; seis em São Gabriel da Cachoeira; e dois em Lábrea. “Os outro distritos não tiverem candidatos”.
Para o secretário-adjunto da Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind) do Amazonas, José Mário Mura, 19 médicos são insuficiente para atender os povos tradicionais do Estado.
“O Amazonas tem 168,7 mil indígenas e os distritos deveriam cuidar de todos eles. É insuficiente, mas alivia”. Ele contou que a estrutura de atendimento nas comunidades é defasada e alvo de reclamações constantes. “É muito precário. Nas conferências locais, a saúde é o item que mais se discute entre os comunitários e lideranças”, reclamou.
Idioma
O secretário-adjunto da Seind – que é indígena da etnia que lhe confere o sobrenome – disse acreditar que as diferenças linguísticas podem ser uma barreira em algumas regiões do Amazonas. “Nem sempre os indígenas falam português que seja compreensível a um estrangeiro”, explicou. Por outro lado, Mura disse que a comunicação nas áreas de fronteira internacional não será problemas, já que algumas etnias falam espanhol melhor que português.
O representante da Ministério da Saúde afirmou que a estrutura adequada para atuar nas aldeias são equipes multiprofissionais formadas por médico, enfermeiro, dentista, técnico de enfermagem e auxiliar de saúde bucal.
“Se o indígena apresentar algum problema de saúde grave e que a equipe não consiga resolver na aldeia, esse indígena vai para a cidade e é encaminhado para o SUS. Nas cidades, o enfermo é alojado nas Casas de Saúde e Apoio (Casai) onde o indígena fica sob cuidados de enfermagem.
Quando ele está recuperado, é levado de volta para a aldeia”, explicou.
Por outro lado, Mura afirma que nem sempre esse processo acontece. “Em algumas regiões não tem nem combustível para as equipes entrarem na aldeia e levarem os enfermos para as cidades. Falta posto de saúde, profissionais e medicamento”, relatou.