Mesmo sem chance PSOL lança candidatura a presidência do Senado

Amazonianarede – Agência Estado

Brasília – Após senadores independentes lançarem, nesta terça-feira, 15, um manifesto comparando a volta de Renan Calheiros (PMDB-AL) à presidência do Senado à escolha comandada pelos “antigos coronéis do interior”, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) anunciou que também é candidato à direção da Casa. A eleição, em votação secreta, está marcada para o dia 1º de fevereiro.

Para o senador do PSOL, que diz ter o apoio dos cerca de 10 independentes, há “sempre” o risco de o Senado voltar à crise política se não forem modificados a conduta e os procedimentos na Casa. Entre as propostas, Randolfe defende que haja votação de projetos todos os dias no Congresso. Ele também é favorável a uma reforma administrativa e à formação de um comitê de fiscalização dos gastos do Senado.

O manifesto dos senadores independentes, intitulado “Uma nova presidência e um novo rumo para o Senado”, é uma plataforma de propostas de modificação no funcionamento administrativo e legislativo da Casa, abalada nos últimos anos por sucessivas crises, como a saída de Renan, em 2007, da presidência, após ser absolvido de dois processos de cassação em plenário, e os atos secretos revelados pelo Estado, em 2009, que quase derrubaram o atual presidente José Sarney (PMDB-AP).

“Voltaremos (do recesso parlamentar) apenas para ratificar o nome, nomeado sem apresentar qualquer proposta que mude o nosso funcionamento. Votaremos como os eleitores que iam às urnas na Primeira República, levando a cédula sem conhecer o nome do candidato escrito nela pelos antigos Coronéis de Interior”, afirma o documento.

Randolfe participou da elaboração do texto. “A crítica está aí, mas se a carapuça servir? Eu acho que ele (Renan Calheiros) tem responsabilidades com o maior partido do Congresso, que deve presidir a Câmara e o Senado, partido do qual ele é líder”, afirmou.

“Não é contra o Renan, mas a maneira como o processo está sendo conduzido. Na Câmara, os candidatos estão rodando o Brasil fazendo campanha, enquanto no Senado ninguém fala quem é o candidato”, completou o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), um dos idealizadores do documento. 

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