A força da máquina do governo do Estado não conseguiu competir, em Manaus, com a estrutura montada pelo petista José Ricardo para concorrer à eleição suplementar: uma kombi, uma caixa de som e um microfone. Quase sem recurso de campanha, o petista arrebatou uma multidão de votos na capital e deixou para trás tanto Rebecca Garcia (PP), apoiada pelo governador David Almeida (PSD), quanto Eduardo Braga (PMDB), que tem quase 40 anos de vida pública e já foi prefeito e governador duas vezes.
Na avaliação de José Ricardo, a votação conquistada por ele dá início a uma nova forma de fazer política no AM. “O povo mostrou que o voto é livre”, sustentou o petista.
O governador David Almeida (PSD), que se disse surpreso pelo fato de Rebecca Garcia não figurar no 2º turno, declarou, sobre seu eventual apoio a Amazonino Mendes (PDT) ou a Braga: “não vou fechar a porta para ninguém”.
Também de olho no 2º turno, o senador Omar Aziz (PSD), principal articulador da candidatura de Amazonino Mendes, afirmou que o candidato “vai conversar com todo mundo” e aproveitou para elogiar o terceiro e o quarto colocado na disputa geral: “Rebecca teve uma belíssima votação. Zé Ricardo também”.
Rumo à próxima batalha, Amazonino e Braga terão que se esforçar para agradar eleitores de dois municípios. Em Barcelos, Braga teve sua pior votação: 2,14% . Já em Lábrea, Amazonino só conseguiu 13,5% dos votos, seu desempenho mais acanhado.
Em Envira, berço eleitoral de Luiz Castro, o deputado estadual da Rede foi o segundo colocado no primeiro turno. Ele teve 1.570 votos, contra 1.977 de Amazonino Mendes. Castro foi prefeito da cidade duas vezes.
AMAZÔNIANAREDE-SIM&NÃO/PORTALACRÍTICA