Manaus – O estudante do 8º, Wesley Teixeira do Nascimento, 13, nasceu na capital amazonense, mas mora no município de Iranduba, região metropolitana de Manaus, com os pais, e há dois anos faz parte do quadro de alunos de futebol do Nacional.
O garoto que joga como meia-atacante no time da Baukraft, disputando o I Campeonato da Academia de Futebol Barbosa Filho, conta que poder disputar uma competição com as cores do Leão da Vila Municipal já é uma realização, mas que a distância entre a escola e sua casa chega a dificultar, porém, não impede de participar de treinos e jogos.
“Gosto de futebol e ser profissional é um grande sonho, mas sei que tenho que superar muitos problemas, principalmente à distância. Às vezes meu pai vem me trazer de moto-táxi e outras vezes, venho de ônibus. Já faltei treinos por falta de dinheiro para pagar passagem, mas raramente falto. Sei que isso vai me prejudicar”.
Segundo Wesley, os pais, Oziel Oliveira e Rosália Teixeira, confiam na sua determinação e por isso, trabalham para colaborar com sua participação na academia do Nacional.
“Tenho cinco irmãos. Meu pai é mototáxi durante o dia e frentista a noite. Minha mãe trabalha com produtos naturais, produz sabonete, shampoo entre outras coisas. Eles batalham muito para colocar alimento dentro de casa. Quero ser jogador para ajudar meus pais e meus irmãos”.
Ídolo
O jogador da Baukraft tem como referência o jogador Romário, ele garante que sua determinação se compara a do ídolo. “O Romário lutou para ser o que ele é e quando era jogador nunca desistiu de uma bola. Sempre confiou, sempre acreditou”.
O Nacional
Wesley, admite que chegou a treinar na escolinha do Santos/SP, mas devido ao alto valor da mensalidade desistiu.
“Meu pai me tirou do Santos e descobrimos que era possível eu treinar com profissionais como o professor Garanha, aqui no Nacional, e por uma mensalidade que dá para meus pais pagarem. Eu não vou desperdiçar esta oportunidade e foi o que fiz no último jogo. Recebi a bola, encarei o goleiro e chutei no lado esquerdo do gol”.
Por: Ennas Barreto – NFC