Para selar o entendimento com a base governista e garantir aprovação de vetos no Congresso, o governo Dilma Rousseff acertou neste mês uma liberação inédita de verbas de interesse direto de deputados e senadores.
Segundo levantamento feito pela Folha, o total chegou a R$ 1,2 bilhão, pouco abaixo do R$ 1,4 bilhão autorizado ao longo dos sete meses anteriores.
Até então, as autorizações de verbas para emendas se concentravam em apenas dois dias atípicos: 28 de maio, quando a presidente ouviu queixas de líderes petistas, e 3 de junho, quando ela prometeu ao PMDB acelerar a liberação de dinheiro.
A generosidade do Planalto, no entanto, não deve enterrar as tensões no Congresso.
Líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ) não teve nenhuma emenda empenhada até o último dia 9. Ele tem se mostrado pouco indulgente com a presidente e chega a ser chamado, no Congresso, de “líder da oposição”.
Em contrapartida, deputados menos performáticos, foram contemplados, como Zoinho (PR-RJ), aliado de um dos rivais de Cunha, o líder do PR, Anthony Garotinho – que conseguiu R$ 1,5 milhão para ações de infraestrutura urbana em Barra Mansa (RJ).
(Fonte: Agências)