Desarmamento infantil é tema de Audiência Pública de Josué Neto

(Foto: Alberto César Araújo – Aleam)

Ao abrir nesta quinta-feira (10) a Audiência Pública para debater a Campanha de Desarmamento Infantil “Violência nem Brincando”, no plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o autor da proposta, deputado Josué Neto (PSD) destacou a importância da promoção de ações e políticas públicas voltadas para o combate à violência, argumentando que “o que deve nos mover é o sentimento coletivo de que precisamos mudar esse cenário, para que as crianças tenham as condições apropriadas para viver”.

O presidente da Assembleia lamentou a exposição de crianças em notícias sobre o seu envolvimento em crimes os mais diversos, o que se constitui “um cenário triste e duro para todos os que almejam a construção de uma sociedade onde as crianças tenham realmente o direito de serem crianças”. Elogiando a ação do governo através da campanha, Josué Neto fez um “convite à reflexão e à participação de todos nesta campanha”.

Durante a audiência, a coordenadora do Projeto Ame a Vida, Maricília da Rocha apresentou os resultados do projeto, que já está em sua quarta edição. De acordo com a coordenadora, o Ame a Vida já se encontra atuando em 20 Distritos Integrados de Polícia (DIPs), oferecendo atendimento psíquico-pedagógico aos menores atingidos pela violência e suas famílias.

Segundo Maricília da Costa, a campanha, que é coordenada pelo Projeto Ame a Vida da Secretaria de Assistência Social e Cidadania, este contemplará 105 Escolas da rede estadual do ensino fundamental I e II atingindo uma estimativa de 61.484 alunos compreendidos na faixa etária de 7 a 17 anos. A campanha amplia-se ainda aos Centros Estaduais de Convivência da Família, o qual proporcionará uma aproximação com a comunidade e com a família, no sentido de sensibilizar para a necessidade da preservação das crianças e adolescentes contra brinquedos violentos.

Outro fator a ser abordado diz respeito ao “bullying”, sendo também pertinente trazer para serem discutidos entre alunos, pais e educadores, os tipos de violência, os fatores e como se deve prevenir situações que possam desencadear algum ato violento. A coordenadora destacou pesquisa do IBGE/2009, através do PENSE (Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar), que demonstrou que 30,8% dos estudantes entrevistados já sofreram bullying e destes 12,9% já se envolveram em alguma briga com agressão física.

O líder do PSDB, deputado Arthur Bisneto comparou a situação da violência infantil com os dois ciclos na vida, um vicioso e outro virtuoso, e disse que no ciclo virtuoso, existe a família organizada, os pais empregados, e perspectivas de futuro para os filhos. Mas ele lamentou a situação social dentro do ciclo vicioso, afirmando que “é muito dolorido assistir famílias se deteriorando e jovens se perder cada vez mais cedo”. O líder do Governo, Sinésio Campos (PT) elogiou o trabalho “dos companheiros que estão no trabalho de campo da campanha”, lembrando que falar e não praticar é mera retórica.

Manifestaram-se ainda a deputada Conceição Sampaio (PP), afirmando que “só existe uma forma de garantir o futuro deste país, que é salvando a nossa infância”; e o deputado José Ricardo Wendling (PT), que além de concordar com a campanha e disse que “é isso que nós precisamos efetivamente discutir junto à sociedade”. Representantes de órgãos e entidades sociais também se manifestaram a respeito da violência e defenderam as ações da campanha do governo.

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