Manaus “ Eu quero ovo de codorna pra comer, o meu problema ela vai ter que resolver”. Mito ou verdade, sobre a poder afrodisíaco do ovo de codorna, a verdade é que essa música, do cantor e compositor nordestino Genival Lacerda, ajudou a desenvolver a Cordonicultura no Brasil.
Coma a turma masculina, acreditou na música, passou a consumir mais ovos da pequenina ave na e com isso, o mercado aos poucos foi sendo ampliado e o ovo, bem conhecido, especialmente nos bares botecos nordestinos, especialmente pelo seu poder tido como afrodisíaco.
Saiba mais
A codorna pertence a ordem das Galináceas, família das Faisánidas, subfamilia dos perdicinae e do gênero Coturnix, existindo grandes quantidades de espécies, as mais conhecida e difundida é a Coturnix Coturnix, conhecida como codorna européia ou selvagem. Com a introdução desta ave no Japão e, através de cruzamentos, surgiu então a subespécie Coturnix Coturnix Japonica, conhecida como codorna japonesa ou doméstica.
O que diferencia a codorna européia da codorna japonesa é o peso quando na fase adulta, sendo a primeira a mais indicada para corte devido ao seu maior peso (170g aproximadamente), enquanto que a codorna japonesa atinge pesos menores na fase adulta (150g), fato compensado por sua alta postura de ovos.
Ainda há a codorna americana, chamada de Bob White, esta juntamente com a européia são as codornas mais indicadas para a produção de carne, o que se deve ao seu maior peso. De maneira geral,
as codornas apresentam grande produção de ovos, precocidade sexual, fácil manuseio, carne considerada exótica.
Brasil
No Brasil as codornas foram introduzidas pelos imigrantes, principalmente os europeus e asiáticos, especialmente os japoneses, estes últimos que ainda são os principais responsáveis pela produção nacional. Características das codornas
A cabeça possui grande mobilidade porque o pescoço, curto, permite uma rotação quase que completa. Os ossos são frágeis. O tronco é redondo e resistente, mal desenvolvido nas fêmeas.
Quando adulta, a ave mede de 11 a 13 centímetros de altura. As penas têm tonalidade cinzento-acastanhada e castanho esbranquiçada. Pela coloração das penas peitorais é possível definir o sexo da ave: o macho apresenta coloração relativamente uniforme, e a fêmea é ligeiramente branca, com pintas pretas no peito, esta diferenciação pode ser observada após 14 dias de vida, quando as aves já apresentarem as penas do peito.
Outra característica de diferenciação é peso maior das fêmeas em relação aos machos, isso ocorre devido ao elevado peso do aparelho reprodutivo das fêmeas, muito desenvolvido, podendo representar 10% do seu peso vivo. As codornas ainda apresentam as seguintes características: – Crescimento rápido – em poucas semanas atinge peso adulto. – Precocidade sexual – decorrente de seu rápido crescimento, a codorna atinge a mturidade sexual com aproximadamente 40 dias de vida, ou seja inicia a fase de postura com idade precoce, o que é vantajoso econômicamente. – Alta postura – para fins comerciais recomenda – se uma vida útil para as codornas de 1 ano. Dentre deste período, a produção de ovos pode chegar a valores superiores a 300 ovos/ave, quando bem manejadas e alojadas. – Alta rusticidade – são consideradas aves de boa resistência a uma grande diversidade de doenças, porém em caso de criações comerciais, devido ao grande número de animais alojados num mesmo local, a possibilidade de propagação de doenças é muito grande, por isso deve – se realizar adequadamente as medidas profiláticas, que devem conter: vacinações, higienização, fornecimento de alimentos e água de boa procedência. – Baixo consumo alimentar – visto que um animal adulto consome em média de 23 a 25 gramas de ração por dia. Codorna Cada codorna, macho ou fêmea, deve ser mantida em uma gaiola individual de 20x15cm e 13cm de altura, com piso de tela de arame com malha de 1cm para deixar passar os excrementos. Nas gaiolas das fêmeas, o piso deve ter uma inclinação de 2cm e medir mais 8cm do que o comprimento da gaiola, para servir de coletor de ovos. Essas gaiolas são construídas formando conjuntos. Uma bateria comum, ocupando
um espaço de 1m x 65m aloja 84 codornas.
O local em que são mantidas deve ser iluminado durante toda à noite, para que elas se alimentem durante esse período, se desenvolvam melhor e aumentem a produção. Criação doméstica
Um cômodo de 4m x 4m e com boa ventilação é o suficiente para este objetivo, que pode ser iniciada com 6 casais e que, depois de 4 meses, já produz de 100 a 150 codornas, consumo. As instalações constam, portanto, de baterias para os reprodutores e para postura, incubadora, criadeira para os tu e baterias para a engorda.
Criação doméstica
Um cômodo de 4m x 4m e com boa ventilação é o suficiente para este objetivo, que pode ser iniciada com 6 casais e que, depois de 4 meses, já produz de 100 a 150 codornas, consumo. As instalações constam, portanto, de baterias para os reprodutores e para postura, incubadora, criadeira para os tu e baterias para a engorda. É de grande importância, devendo ser racional e dada de acordo com a idade e produção da ave.
Existem rações especiais para codornas, mas podemos fornecer-lhes, também, rações para pintos, frangos ou de postura, desde que as suplementemos com 8% de farinha de carne. A mudança brusca de rações afeta ou mesmo faz com que as codornas suspendam a postura e até entrem em muda.
Essas codornas podem ser empregadas para o repovoamento dos campos, pois em 30 dias começam a voar para fora do cercado e passam a comer o que encontram. Retornam ao estado selvagem, vivendo e se reproduzindo, livres, em liberdade.
Quando atingem 20 dias já podemos distinguir os sexos, as fêmeas têm as pontas das asas pretas e o peito mais claro que os machos, cujas penas são marrom escuro e possuem coleira branca na parte inferior do pescoço. Nessa época devem ser separadas, ficando cada uma em sua gaiola individual.
Afrodisíaco – mito ou verdade?
“Eu tô madurão / Passei da flor da idade / Mas ainda tenho / Alguma mocidade / Vou cuidar de mim / Pra não acontecer / Vou comprar ovo de codorna pra comer… Eu quero ovo de codorna pra comer / O meu problema ele tem que resolver…”
Imortalizados pelo rei do baião Luiz Gonzaga, mas criados pelo compositor Severino Ramos em 1971, esses versos são – até onde se sabe – o primeiro registro da crença no poder milagroso do ovinho para levantar o moral masculino. De onde o bom Severino tirou sua inspiração é um mistério até agora insolúvel: durante mais de um mês, Mundo Estranho tentou desvendar seu paradeiro e não conseguimos descobrir nem se ele está vivo.
Os folcloristas consultados também não têm a menor idéia de onde veio essa crença popular. Mas boas pistas podem ser encontradas em algumas características dessa pequenina ave doméstica.
A codorna é bastante precoce – atinge a maturidade sexual com 40 dias de vida – e sua produção de ovos é muito mais abundante que a de outras aves. Por esse motivo, e também pela facilidade de armazenamento (são ovinhos bem pequenos, afinal), ela foi a principal fonte de alimentação vietnamita durante a guerra contra os Estados Unidos.
Na peneira científica, porém, essa lenda não passou. “Não há estudo que comprove a eficiência do ovo de codorna como alternativa natural ao Viagra”, diz o urologista Joaquim de Almeida Claro, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Já seu colega Celso Gromatsky, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, afirma que “a ereção depende do relaxamento da musculatura dos corpos cavernosos do pênis. Uma segunda ereção, depois do orgasmo, só ocorre após um período de latência e não há comprovação de que um alimento possa diminuir esse período.
Talvez o ovo de codorna esteja associado à virilidade por seu formato, que lembra o testículo”. Seja como for, trata-se de um alimento riquíssimo. Além da fácil digestão, contém minerais fundamentais para o organismo (ferro, manganês, cobre, fósforo e cálcio) e uma impressionante bateria de vitaminas (A, B1 e B2, C, D, H, E, fator PP, ácido pantotênico e piridoxina).
Com tudo isso, equivale a 100 gramas de leite em calorias, proteínas e vitaminas – além de possuir um conteúdo maior de ferro. Com tantas qualidades, certamente acaba dando vigor ao desempenho humano em qualquer atividade. Pena o Severino não poder dar seu testemunho pessoal!
No Amazonas
No Brasil, a ave e começou a ser criada no Nordeste, houve e a sua adaptação ao clima foi dos melhores. Esse trabalho era realizado, principalmente, por asiáticos, com destaque para os japoneses.
No Amazonas, não se sabe ao certo como e quando tudo começou. O que se sabe é que hoje, o Estado e principalmente Manaus já possuí alguma produção de carne e ovos de codorna, que como a demanda ainda não é muito grande, e a produção dá para manter o mercado de maneira satisfatória.
Para saber um pouco dessa atividade no Amazonas, a reportagem conversou com um maiores criadores de codorna em Manaus, história que começaremos a contar a partir de agora.
De bancário a produtor
Procuramos o Sr. Álvaro Maia, isso mesmo, o nome está correto, um parintinense, que ainda jovem era apaixonado pelos trabalhos de campo, por isso acompanhava com muita atenção o programa televisivo Globo Rural, comprova revistas etc, embora sua atividade fosse da realidade de bancário, trabalho que desenvolvia com muito esmero, no Banorte.
Como muitas conversas produzidas numa rodada de cerva dão bons resultados, está foi uma delas.
Corria o ano de 1989, o bancário Álvaro, todos os dias cumpria o se expediente em Agencia do Banorte, em Manaus, com muita eficiência por sinal
Num belo dia , num final de semana, ele se reuniu com um amigo, de nome Ricardo, hoje trabalhando com sucesso na Caixa Econômica Federla, jogar conversa fora, até que chegarem num assunto que interessou muito o nosso entrevistado.
Entre uma cerveja e outra, Álvaro descobriu que o seu amigo tinha uma micro criação de codornas para a produção de ovos para tirar gosto com os amigos. O nosso entrevistado ficou curioso com a história e como já pesquisava assuntos de produção no campo e descobriu que a criação do amigo, num terraço na avenida Joaquim Nabuco era composta de poucas aves, mas que produzia ovos suficiente para o famoso tira-gosto.
O então bancário saiu daquela rodada de geladas com uma ideia fixa na cabeça. Como essa arrumação do amigo era feita num pequeno espaço Álvaro decidiu. “ Vou começar a criar essas bichinhas”. Isso o ex-bancário fez em 19889, com 600 codornas e até hoje não parou mais e o negócio só se expande com modernidade e tecnologia.
Hoje, a Codornicultura Maia, Ovos e Ave, no Novo Aleixo, ode Álvaro desenvolve o seu trabalho com competência e criatividade, por isso a cada dia se torna um ícone na produção de ovos de codorna no Amazonas, ajudando a abastecer, fertas, mercados, mercadinhos, bares, “botecos” e supermercados da capital e já está de olho no interior, especialmente na região Metropolitana de Manaus.
Delicado
Ele garante que a criação de codorna poedeira, á uma atividade muito delicada e requer cuidados especiais para que produção seja satisfatório, por isso e necessário sempre estar de olho, especialmente na alimentação as aves e na higienização do local.” Isso ajuda muito na produtividade” afirma.
Hoje a criação conta com pouco mais de 16 mil aves, distribuídas em dezenas de gaiolas, com bebedouros automáticos e ventiladores no espaço para amenizar a temperatura ambiente.
Os filhotes de codornas fêmeas, chega para Codornicultura, duas vezes por mês, procedentes de São Paulo, pelo transporte aéreo, com um dia de vida “e aí, os cuidados são redobrados no chamado berçário” – lembra.
Hoje, a produção de ovos na granja chega a nove e dez mil ovos dia, que são distribuídos em cartelas ou sacolas com 30 unidades aos seus clientes fidelizados.
Mercado
O produtor não se queixa do mercado, que no seu entendimento vai crescendo aos poucos. Nos primeiros momentos a clientela era quase exclusivas de bares e botequins, mas hoje, o mercado esta mais ampliado. “Já fornecemos ovos para feiras, mercados e supermercados, além da clientela inicial”. A cartela no produtor está custando R$ 3,50.
Recentemente, mais um seguimento está começando a trabalhar com os ovos de codorna, os “buffets”, lançando o produto em saladas e recheados “ e sem dúvida alguma isso é vantajoso para os negócios” – observa.
Carne
Como a vida útil de uma codorna poedeira gira em torno de um ano, com a produtividade baixa, as que chegam nessa fase vão para o sacrifício e a carne que é muito saborosa, ganha o mercado, que também começa a ser promissor em Manaus, especialmente nos botecos, servidos como tira-gosto, a moda de churrasco.
O quilo, que em média contem onze aves, está sendo comercializado na produção a R$ 25,OO o que d proporciona um tira-gosto saboroso e a pareço módico.
Além, disso, existe um outro fies. A criação, produz uma grande quantidade der esterco, que mais tarde é transformada em adubo de excelente qualidade, para ser empregado na agricultura.
Álvaro já chegou a estabelecido com o Colégio Agrícola e Instituto de Desenvolvimento do Amazonas |(Idam), fornecendo gratuitamente adubo para essas instituições que atuam em assistência a produtores rurais, além da doação diretamente para alguns produtores rurais. Num futuro próximo, segundo ele, essa poderá ser mais uma nova fonte econômica para os criadores.
Amazonianarede-OsnyAraújo ( pesquisa Googlo)
muita dedicação nesse empreendimento .parabéns ao seu Alvaro que amostrou como o brasileiro pode superar uma crise
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