Rio – Por 12 minutos nesta sexta-feira, o papa Francisco fez da rua em frente ao Palácio São Joaquim, no Rio de Janeiro, uma réplica da praça São Pedro, no Vaticano.
Da sacada da imponente residência oficial do arcebispo da diocese, na Glória, o Pontífice rezou o Angelus, a oração do meio-dia dos católicos, para uma multidão emocionada em vê-lo mais uma vez.
Na sua homilia, Francisco homenageou os avós, não sem antes agradecer o acolhimento “ao sucessor de Cristo”.
“Os avós são importantes numa família para transmitir uma história de fé. Crianças a anciãos constroem o futuro do povo. Nesta Jornada Mundial da Juventude, os jovens querem saudar seus avós”, disse antes de ser muito aplaudido.
Desde cedo os fiéis cariocas e peregrinos do mundo todo que estão no Rio para a Jornada Mundial da Juventude se aglomeraram em frente ao palácio em busca do melhor espaço para ver o Papa. Houve até um início de conflito entre os fiéis quando a polícia militar barrou o acesso à calçada que fica logo em frente ao local. As pessoas que foram retiradas dali acabaram vaiadas e uma mulher reclamou: “o comportamento de vocês não é cristão”.
Como já virou rotina, o papa Francisco surpreendeu a todos na chegada ao palácio: desceu do carro onde estava e cumprimentou parte da multidão que estava escorada e apertada em gradis. A “mini praça São Pedro” foi ao delírio.
Dentro do palácio, antes do Angelus, o Papa se encontrou com cinco jovens detentos, o que também é um costume seu desde quando era arcebispo de Buenos Aires. Na sequência da oração, ele se encontrou com parte dos membros do comitê organizador local da Jornada Mundial da Juventude, assim como patrocinadores do evento.
Um momento curioso ocorreu quando, por volta das 11h10, o Papa já estava no palácio e a porta que dá para a sacada se abriu. De lá saiu uma freira vestida de branco. Os fieis acharam que fosse o Pontífice e começaram a gritar. Quando perceberam o engano, gargalhadas ecoaram pela praça.
(Terra)
