Boca do Acre vai discutir precariedade da BR-174

Boca do Acre – A situação precária da BR-317, que liga o município amazonense de Boca do Acre à capital Rio Branco, será tema de audiência publica no próximo dia 26 deste mês, quando serão discutidas as problemáticas para recuperação da estrada.

O problema tem afetado o transporte de mercadorias, cargas e de pacientes que precisam de atendimento médico no município. A cidade possui o maior rebanho bovino do Estado do Amazonas, segundo dados da Secretaria de Produção Rural do Amazonas ( Sepror).

A audiência será realizada na Câmara Municipal de Boca do Acre e foi requerida pelo deputado estadual Francisco Souza (PSC), presidente da Comissão de Turismo e Empreendedorismo da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam).

Ele ressalta que a precariedade do trecho amazonense da BR-317 tem causado graves prejuízos à população do sudoeste do Amazonas principalmente nos municípios de Pauiní e Boca do Acre, que utilizam a rodovia para transportar pacientes e comprar alimentos. “Nós percorremos a estrada no mês passado e vimos que viagem que poderia durar apenas uma hora e meia, leva até três horas para ser concluída. O prejuízo é imenso para as cidades, no transporte de pacientes, de cargas e no turismo”, disse.

Souza informa que a recuperação dos 110 quilômetros da estrada do lado do Amazonas já custou aos cofres públicos pelo menos 78 milhões, sendo R$ 74 milhões recursos do Governo Federal e o restante de contrapartida do governo do Estado.

Ele ressalta que, oficialmente, as obras de pavimentação da estrada já estão concluídas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e que irá solicitar informações detalhadas do órgão sobre a rodovia. “Nós sabemos que a contrapartida do Estado foi plenamente cumprida. Vamos cobrar é que o Dnit nos dê um posicionamento sobre a situação atual, do que foi feito e que falta fazer”, disse.

A rodovia tem pontos intercalados de pavimento. Nos pontos onde há uma reserva indígena, por exemplo, a estrada está em situação mais precária. “O Dnit precisa resolver esse conflito com os indígenas e dar condições de trafegabilidade em toda a estrada. O órgão teve recursos para fazer”, disse.

Mesmo com todo o dinheiro disponibilizado para a construção e pavimentação da rodovia BR-317, Souza ressalta que até o momento à obra esta parada e sem previsão para o retorno, deixando à população do município de Boca do Acre a míngua, e sem explicação para tal interrupção. “A pavimentação BR-317, proporcionará uma locomoção rápida e segura de pessoas e bens para o Estado do Acre e, demais cidades do entorno, contribuindo assim para o desenvolvimento e integração da região amazônica”, disse.

Histórico

A BR-317 teve seu inicio em 1956 como um caminho de escoamento da madeira utilizada nos seringais. A primeira obra de construção e pavimentação da rodovia iniciou no ano de 2002, porém foi paralisada por falta de recursos financeiros, concluiu-se, até então, apenas os serviços preliminares.

As obras foram reiniciadas no ano de 2008, no trecho entre a cidade de Boca do Acre e Rio Branco que perfaz o total de 110,7 km, através de estudo técnico de viabilidade de implantação da rodovia e posteriormente no ano 2011, incluído no Plano de Aceleração do Desenvolvimento (PAC 2).

Fonte: Portal do Purus 

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