(Foto: Divulgação)
Termina neste domingo o V Festival das Araras, com apuração e apresentação da arara campeã. O evento já faz parte do calendário oficial de Boa Vista e acontece desde sexta-feira, 4, na Vila Olímpica Roberto Marinho, localizada no bairro Pintolândia.
O evento, realizado pela Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura de Boa Vista (Fetec), foi criado em 2008, quando os grupos que representam as Araras Vermelhas e Azuis, disputam o troféu Kiari, mostrando ao público elementos da tradição indígena de Roraima e da fronteira.
Na manhã deste domingo será realizada a apuração para escolher a arara vencedora. Logo mais, à noite, ocorre a apresentação da arara campeã, festa encerrada com um show da banda Back Conutry.
As apresentações se diviiram em duas partes, em um dia os grupos mostrarão os mitos e no outro os rituais. O evento tornou-se um espetáculo único no Brasil e adota uma proposta onde os personagens ganharam nomes na língua materna do povo Macuxi, o Pajé virou Piasãn, a Cunhã Poranga é Emanon, porta-estandarte é chamada de Iurî Eponen e a Rainha do Folclore é Kari Tepusen.
“O interessante é que as Araras estão criando uma identidade própria. A peculiaridade delas é que a temática também é feita em língua nativa macuxi, fortalecendo assim a identidade cultural. A novidade esse ano é que será usada iluminação cênica, que vai ajudar a compor a apresentação dos grupos”, destacou Hudson Romério, superintendente de cultura da Fetec.
O Festival conta com uma estrutura exclusiva, como palco, tablado, arquibancadas, barracas, praça de alimentação e locais destinados aos ambulantes, potencializando a geração de renda. Na programação, apresentação de shows musicais com bandas e artistas locais.
Haverá tendas montadas, onde serão expostos e apresentados os programas sociais desenvolvidos pela prefeitura, e também da Comunicação e Turismo, que abordará o tema “Turismo Sustentável Nas Asas da Liberdade”, divulgando assim a parte turística do Estado, além de uma decoração que destaca as belezas naturais e o potencial cultural indígena.
“O local foi escolhido para democratizar a cultura. Vamos fazer também, uma rampa que vai ficar na frente do tablado de apresentações, para que os idosos, cadeirantes e acompanhantes possam ter acessibilidade e conforto e fazer com que todas as pessoas possam participar dessa grande festa popular. Vale ressaltar também, além do cultural, o trabalho social que as Araras desenvolvem nas comunidades. Com certeza será um evento muito bonito e surpreendente”, garantiu Hudson.