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Banco Mundial anuncia aporte de US$ 60 milhões para projetos ambientais que beneficiam Amazonas, Acre e Roraima

“Esses recursos estão lá disponíveis não só para o Amazonas, mas vamos apresentar nossos projetos", destacou Melo
“Esses recursos estão lá disponíveis não só para o Amazonas, mas vamos apresentar nossos projetos", destacou Melo
“Esses recursos estão lá disponíveis não só para o Amazonas, mas vamos apresentar nossos projetos”, destacou Melo

MANAUS – Os Estados do Amazonas, Acre e Roraima serão beneficiados pelo novo fundo de desenvolvimento sustentável do Banco Mundial destinado à Amazônia Internacional. No Brasil, serão US$ 60 milhões aplicados em projetos na região amazônica para a preservação do meio ambiente e incentivo à sustentabilidade. A novidade foi anunciada pelo diretor do Banco Mundial no Brasil, Martin Raiser, após reunião com o governador José Melo nesta segunda-feira, 23 de novembro, na sede do Governo, Compensa, zona oeste. O fundo também vai apoiar projetos na Colômbia e Peru.

No Amazonas, o Governo do Estado trabalha para tocar com os recursos projetos de controle do avanço da fronteira agrícola na região conhecida como “cinturão do fogo”, nos limites dos Estados do Pará, Rondônia e Mato Grosso, afirmou o governador José Melo. Na área de meio ambiente no Estado, o Banco Mundial apoia atualmente o programa do Governo Federal de áreas protegidas na Amazônia, conhecido como projeto Arpa – presente em 22 unidades estaduais de conservação ambiental e outras unidades federais. O programa deve continuar incluído no pacote de apoio do novo fundo.

“Esses recursos estão lá disponíveis não só para o Amazonas, mas vamos apresentar nossos projetos, sobretudo, para aquela região chamada de cinturão do fogo, da fronteira com os nossos vizinhos Pará, Rondônia e Mato Grosso para evitar o avanço da fronteira agrícola floresta à dentro”, antecipou José Melo.

O governador do Amazonas afirma que a garantia do equilíbrio ambiental na Amazônia deve priorizar também a melhoria das condições de vida das populações que habitam a região. O tema será defendido durante a Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 21), que ocorre em dezembro em Paris, na França. José Melo confirmou presença no evento.

“Nessa esteira estamos levando à Paris, para a COP 21, algumas propostas. Nós temos 98% da floresta intacta e está provado que esta floresta exerce papel fundamental no equilíbrio ambiental no Brasil e no mundo. Mas o povo que habita essa floresta até hoje não recebeu uma contrapartida em função disso. É preciso que o mundo entenda que esse serviço deve ser remunerado e, com isso, a gente possa levar escolas, hospitais e melhoria da qualidade de vida para o povo da floresta”, enfatizou José Melo.

No final de semana, a diretoria do Banco Mundial conheceu unidades de conservação do Amazonas incluídas no projeto Arpa em uma viagem organizada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Raiser avaliou como positiva a execução da política ambiental amazonense e disse que o Estado terá papel importante nesse novo fundo. “Tivemos a oportunidade de ver os projetos, falar com as comunidades e ver como eles sentem o apoio, e foi muito interessante. Acho que nessa área temos muitos êxitos. Foi uma visita cheia de esperança”, comentou.

Sobre o novo fundo, o diretor Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) acrescentou: “Algumas semanas atrás, conseguimos um novo fundo de desenvolvimento Amazonas Sustentável, que inclui o Brasil, o Peru e a Colômbia. E o Brasil recebeu mais 60 milhões de dólares para aprofundar o trabalho que a gente já faz. Amazonas, Acre, Roraima. Mas é claro que Amazonas tem um papel muito importante”.

Martin Raiser também falou sobre outros projetos, nesse caso de financiamento, em execução com o Amazonas. O diretor afirmou que o projeto, de US$ 150 milhões, em negociações com a Prefeitura de Manaus deverá receber aprovação no próximo mês. A iniciativa atende as áreas de gestão, educação e transporte público. “Mais um mês já vai ser aprovado, do nosso diretório em Washington, 150 milhões de dólares para a cidade de Manaus”, disse.

De acordo com José Melo, no Alto Solimões, o apoio do Banco Mundial está permitindo melhorias na área de saúde e ampliação da rede de água encanada para a população dos municípios de Tabatinga, Benjamin Constant e Atalaia do Norte. Na área da segurança pública, outro projeto começou a ser executado ano passado, permitindo aperfeiçoamento tecnológico e humano dos servidores, a construção de Distritos Integrados de Polícia (Dips), entre outros investimentos.

Governo busca apoio para Piscicultura – Durante a reunião com a diretoria do Banco Mundial, o governador do Amazonas apresentou a proposta preliminar para obtenção de financiamento do projeto de criação de peixe em cativeiro. Orçado em US$ 500 milhões, a proposta contempla investimentos que incluem o desenvolvimento da atividade fim do projeto e a infraestrutura de estradas e vicinais para o escoamento da produção. Para o desenvolvimento do programa de Piscicultura, o governo amazonense planeja contar com o apoio da Embrapa.

“Iniciamos tratativas com o Banco Mundial para conseguir recursos para o grande projeto de piscicultura. Ele vai possibilitar que a gente possa desenvolver o Estado, mudar essa equação injusta que tem hoje, onde Manaus é uma cidade concentradora de recursos de atividade econômica, enquanto o interior fica meio esquecido. Com essa atividade da criação de peixe em cativeiro, pretendemos melhorar essa equação”, afirmou José Melo.

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