Arsam diz na CMM que auditoria na Manaus Ambiental deve ser concluída em 15 dias

Manaus – Deve ser colocado à disposição dentro de um prazo de 15 dias, o resultado de uma auditoria interna que está sendo feita por técnicos da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Amazonas (Arsam), Ministério Público do Amazonas (MPE/AM) e Prefeitura de Manaus.

O documento será entregue para o prefeito de Manaus, Arthur Neto, para que a prefeitura tome uma posição e até aplique uma punição à empresa Manaus Ambiental pelos problemas de abastecimento de água e rompimento de adutoras, caso se comprove que houve quebra de cláusula do contrato.

A informação foi dada pelo presidente da Assam, Fábio Alho, após audiência pública realizada na manhã desta quinta-feira (4), no plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM), pelas comissões de Defesa e Proteção dos Direitos da Mulher e de Serviço Público do Legislativo Municipal, que contou com a presença do diretor-presidente da Manaus Ambiental, Alexandre Bianchini, e do diretor de geração e operação para a capital da Eletrobrás Amazonas Energia, Tarcisio Rosa.

Segundo Alho, em princípio será emitido um parecer técnico. “Já oficiamos a Amazonas Energia para saber se houve realmente oscilação de energia e pedimos laudo técnico da Manaus Ambiental sobre o problema. Estamos fazendo auditoria, inclusive com laudo dos fabricantes de tubos, para embasarmos o parecer”, disse ele, se colocando à disposição da Câmara Municipal de Manaus para municiar os vereadores de todas as informações. De acordo com o presidente da Arsam, se for conclusivo de punição, será sugerida a cessão do contrato à prefeitura. A quebra de contrato com a empresa, de acordo com Alho, está prevista no contrato.

Presidente da Comissão de Defesa e Proteção dos Direitos da Mulher da CMM, a professora Jaqueline (PPS), não ficou satisfeita com as explicações dos representantes da Manaus Ambiental e sugeriu distrato (suspensão) do contrato de concessão de prestação de serviços, arbitrando multa e ação do Ministério Público para que a coisa funcione na prática. “Porque até agora a sociedade tem aceitado pacificamente essas questões. São cobranças abusivas e indevidas e a prestação de serviços que é a água na torneira, não existe”, afirmou ele, acreditando que seja necessário algo prático junto à empresa em termos de punição.

Presidente da Comissão de Serviços Públicos, o vereador Felipe Souza (PTN), não saiu convencido das justificativas da empresa. “Nem eles ainda têm resposta para o que aconteceu (rompimento das adutoras). Só agora colocaram um robô para saber o que realmente ocorreu”, lembrou.

As presenças dos representantes da Manaus Ambiental e do Amazonas Energia na Câmara Municipal de Manaus para darem explicações sobre os rompimentos de adutoras, provocadas, de acordo com a Manaus Ambiental, por problemas de interrupção de energia pela Amazonas Energia, e a solução dos problemas de falta de água na cidade de Manaus foram solicitações dos vereadores Marcelo Serafim (PSB), Professora Jaqueline (PPS) e Elias Emanuel (PSB).

Sabatina

Durante quase duas horas de audiência, Alexandre Bianchini, principalmente, foi questionado pelos vereadores, e fez uma explanação sobre os investimentos da empresa nos nove meses de atuação. Os vereadores queriam confrontar as informações de que os problemas nas adutoras, que vêm dando prejuízos a várias famílias em áreas como Compensa, estrada da Ponta Negra e na rua das Flores, são provocados por picos de energia.

Marcelo Serafim (PSB) questionou com os representantes das duas empresas, se o volume de água bombeado aumentou por causa das cobranças do prefeito atual, Arthur Neto, e se isso aumentou a pressão no bombeamento da estação de captação da Ponta do Ismael, na Compensa, Zona Oeste, provocando o rompimento das adutoras antigas e já desgastadas. Ele perguntou ainda se existe um plano de melhoria do sistema para a cidade.

O vereador Felipe Souza, solicitou, também, relatórios da empresa quanto a metas e problemas que vem ocorrendo na cidade. O vereador Elias Emanuel (PSB), queria saber da malha de novas adutoras, novas e antigas, o sistema de segurança para indicar o grau de risco e se hoje oferece segurança para quem precisa de abastecimento.

Manaus Ambiental

Ao destacar que a transparência é um fator importante na empresa, Alexandre Bianchine explicou que em dez meses a empresa já tinha o que apresentar, como a própria evolução da água produzida em quatro metros cúbicos, saindo de 7,3 metros cúbicos para 7,7 metros cúbicos. Segundo ele, a água produzida é mais que suficiente para o atendimento da população.

Sobre os problemas que ocasionaram rompimento das adutoras, as explicações técnicas ficaram por conta do diretor de Planejamento da Manaus Ambiental, Arlindo Sales. Segundo ele, o rompimento da adutora da Compensa, no dia 15 de janeiro de 2013, pode ter ocorrido por intervenção na rua (asfaltamento) ocorrida no ano passado, uma vez que não houve oscilação de energia e a rede não apresentava problemas de desgastes.

De acordo com o diretor, o plano de ação foi colocado em prática e todos os procedimentos de segurança foram feitos. “E o acidente com proporções alarmantes em menos de três dias foi equacionado”, argumentou ele. Nos outros dois rompimentos de adutora, na avenida Coronel Teixeira, estrada da Ponta Negra (21/03), e na rua das Flores (23/03), bairro Compensa, Zona Oeste, houveram oscilações de energia, como afirmou o diretor, ao mostrar os gráficos por meio de slides, criando vácuo a partir da bomba, provocando o deslocamento de massa de ar nas tubulações.

O diretor afirmou, também, que toda assistências às famílias atingidas está sendo dada pela Manaus Ambiental e que esses eventos (rompimento de adutoras) ocorrem em qualquer lugar do país. Para resolver o problema, ele disse que a empresa está trabalhando em conjunto com a Amazonas Energia, Arsam e Prefeitura de Manaus.

Amazonas Energia

O diretor da Amazonas Energia, Tarcísio Souza, afirmou que sempre vai haver desligamento de energia, por conta causa de proteção da rede elétrica, de equipamentos e pessoas, seja por conta de acidentes ou por falhas atmosféricas.

De acordo com ele, soluções conjuntas já estão sendo realizadas com a Manaus Ambiental, para resolver o problema. “Já colocamos engenheiros para discutir como fazer e tratar essas oscilações para diminuir os impactos de oscilação”, afirmou.

Vereadores como Waldemir José (PT), Luiz Alberto Carijó (PDT), Joãozinho Miranda (PTN), Mitoso (PSD), Dr. Alonso Oliveira (PTC), Professor Samuel (PPS), Jairo da Vical (PTN), Everaldo Farias (PV), Rosivaldo Cordovil (PTN), Wilker Barreto (PHS), Professor Bibiano (PT) e Rosi Matos (PT), também se pronunciaram cobrando ações efetivas da empresa.

Fonte: Dircom/CMM
Fotografia: Robervaldo Rocha/CMM 

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