Amazonas recebe da OIE certificado de área livre da febre aftosa com vacinação, em Paris

Amazonas recebe da OIE certificado de área livre da febre aftosa com vacinação, em Paris

Amazonas – O Estado do Amazonas recebeu da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), nesta quinta-feira (24/05), em Paris (França), o certificado de área livre de febre aftosa com vacinação.

O titular da Secretaria de Produção Rural (Sepror), José Aparecido dos Santos, destacou que o esforço do Governo do Amazonas para essa conquista coloca a pecuária do estado em outro patamar, além de contribuir para abertura de novos mercados para o Brasil, maior exportador de carne bovina do mundo.

De acordo com Aparecido, a sensação é de dever cumprido. “Foi uma longa e angustiante espera, de mais de 60 anos, até este dia. Angústia não só pela espera, mas principalmente porque tínhamos que dar primeiramente uma resposta ao Brasil, pois recaía sobre nós a culpa da não certificação do Brasil Livre da Aftosa.

Foi aí que eio então a  determinação do governador Amazonino Mendes, para que cumpríssemos, em tempo hábil, todos os compromissos assumidos com o Ministério da Agricultura, para que tivéssemos a certificação nacional”, declarou.

A solenidade em Paris contou com a presença de autoridades e representantes de 25 estados brasileiros. O novo status sanitário, na avaliação do Ministério da Agricultura, facilita e amplia a comercialização de carnes e animais vivos dentro e fora do país.

“O novo status sanitário concedido por esta renomada organização representa o reconhecimento da vitória de uma longa e dura trajetória de muita dedicação de pecuaristas e do setor veterinário oficial brasileiro”, disse o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em discurso proferido na cerimônia de abertura da 86ª da assembleia da OIE, no último domingo (20/05).

Sistema Sepror

O secretário Aparecido enfatizou, ainda, a importância de cada funcionário da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) na conquista desse reconhecimento. “A Adaf partiu para uma luta incansável e cumpriu, com esmero, todos os protocolos assinados, mas não honrados por outros governantes.

Assim, fomos certificados no Brasil, em dezembro de 2017. Ainda faltava uma etapa para a Certificação Internacional, na OIE. Novamente o exército da Adaf saiu a campo, tendo chegado finalmente a este momento glorioso para a pecuária amazonense e brasileira!”.

O diretor-presidente da Adaf, médico veterinário Sérgio Muniz, também atribui o mérito de o Estado ter conquistado o reconhecimento ao trabalho conjunto entre o Sistema Sepror, prefeituras do interior, da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea) e do Ministério da Agricultura.

“Eu lembro muito bem em 2004, quando teve o foco de febre aftosa no Careiro da Várzea, os prejuízos econômicos que foram causados ao Brasil e aos produtores amazonenses”, afirmou Muniz ao destacar que graças ao esforço do sistema Sepror, com a realização de auditorias e adoção de medidas para sanar problemas do setor, os obstáculos foram vencidos. “Chegamos hoje a essa conquista que será um marco na nossa história. Estamos otimistas! Sabemos que o setor pecuário amazonense já está sendo revigorado e vai crescer mais”, disse Muniz.

Sobre a aftosa

A vacinação contra a aftosa é muito ativa no rebanho do estado

A aftosa é uma doença que ataca rebanhos de bovinos e outros animais de casco bipartido. Seu controle facilita a abertura de mercados para exportação. O certificado atestará que a febre aftosa está controlada em todo o território brasileiro, por meio da aplicação de vacinas.

A última ocorrência de febre aftosa no Brasil foi em 2006, no Paraná e em Mato Grosso do Sul, na região de fronteira com o Paraguai. Em 2007, Santa Catarina recebeu o reconhecimento da OIE como livre de febre aftosa sem vacinação. Esse é o próximo status a ser buscado pelo país: gradativamente, retirar a vacinação do rebanho até 2023, para que, até 2026, haja a certificação internacional pela OIE, de país livre de aftosa sem vacinação.

Amazoninarde-Secom

 

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