Amazonianarede – Assessoria de Imprensa
Manaus – Em função da cheia dos rios em todo o Estado, a Eletrobras Amazonas Energia adotou um ‘Plano de Contingência’ com o intuito de prevenir e resguardar a população ribeirinha que é afetada nessa época do ano, uma vez que, com o avanço do nível das águas, a rede elétrica acaba ficando muito próxima às embarcações, havendo assim, o risco de acidentes.
Fazem parte do Plano ações como: a elevação da rede elétrica em alguns pontos; a substituição de postes de 11 para 15 metros e de 15 para 18 metros, sendo que, em alguns casos, esses postes podem chegar até a 23 metros de altura); sinalização das redes aéreas, suspensão/desligamento da ligação elétrica (dependendo do caso), entre outras.
A empresa distribuidora de energia elétrica tomou essas medidas preventivas para atender às áreas alagadiças localizadas, principalmente, nos municípios de: Iranduba, Manacapuru, Benjamin Constant, Anamã, Barreirinha e Careiro da Várzea, que são os mais castigados.
Só para se ter uma ideia da situação crítica em alguns municípios, como é o caso do Careiro Castanho, a Eletrobras Amazonas Energia foi obrigada a fazer algumas adaptações na usina que sofre alagação. Nesses casos, a empresa precisa elevar as máquinas geradoras de energia elétrica.
Outro aspecto considerado pela empresa trata-se da localização das casas das populações ribeirinhas – sempre às margens dos rios – o que motivou a instalação da rede elétrica nessas áreas.
Ainda como forma de mitigação dos riscos, a Eletrobras Amazonas Energia também adotou, em alguns casos, o desligamento das unidades consumidoras (residências e comércios) que foram abandonadas pelos moradores em função da cheia dos rios.
“Nesses casos em específico, o consumidor deve procurar a empresa para fazer o desligamento da energia elétrica dele, evitando com que faturas venham a ser geradas no período no qual o consumidor esteve fora de sua moradia. E, quando o nível do rio baixar, ele (consumidor) deve pedir a religação do serviço”, alertou o diretor de Geração e Operação para o Interior da Eletrobras Amazonas Energia, Radyr Gomes de Oliveira.
Os trabalhos são executados no sentido de manter a segurança dos ribeirinhos, bem como, o funcionamento dos equipamentos da rede de distribuição de energia elétrica nas áreas atingidas pela cheia.
Ainda como forma de prevenção, em alguns locais, a concessionária retirou transformadores, medidores e desligou vãos de rede elétrica para evitar algum tipo de acidente.
“Com essas medidas de prevenção, a empresa espera poder evitar que acidentes aconteçam, tanto com a população ribeirinha que se locomove nessas áreas alagadiças, quanto com as embarcações que fazem seu percurso nessas regiões mais críticas”, ressaltou o diretor.
Cheias
De acordo com dados da CPRM – Serviço Geológico do Brasil, as bacias hidrográficas dos rios no Estado do Amazonas continuam em processo de enchente. No Rio Negro, que recebe contribuição do Rio Branco (RR), os níveis das águas estão em elevação.
Na bacia do Solimões, a subida do rio está acentuada e na bacia do rio Madeira o período atual é de enchente máxima.
Mais chuvas
Segundo o Serviço de Proteção da Amazônia (Sipam), a quantidade de precipitação está superior em comparação aos valores das médias pluviométricas para o mês de março.
A climatologia de precipitação da Região Amazônica, durante o mês de março, mostra que as chuvas no Amapá e norte dos Estados do Pará e Maranhão são influenciadas pela presença da Zona de Convergência Intertropical, com registros máximos mensais acima de 350mm.
Os valores mínimos de chuva, segundo a climatologia, encontram-se na porção norte da Amazônia, abrangendo o Estado de Roraima, o extremo norte do Amazonas e o noroeste do Pará.
Grande parte das bacias dos rios Negro, Solimões e Médio Amazonas apresentam acumulados níveis de chuva superiores a 150 mm durante o mês de março.
FOTO: Divulgação/Eletrobras Amazonas Energia