A principal via da Compensa, Av. Brasil passa por graves problemas urbanos e estruturais

A principal via da Compensa, Av. Brasil passa por graves problemas urbanos e estruturais

Manaus, AM – Uma das principais vias públicas de Manaus, a avenida Brasil sofre com uma série de problemas urbanos e estruturais que pouca atenção recebem dos poderes públicos. São ao menos dois casos de afundamento do terreno, que estão cercados por blocos que reduzem a pista de rolamento e congestionam o trânsito, falta de limpeza de monumentos e calçadas em desníveis ou sem acesso para os deficientes físicos.

A estrutura de uma ponte no canteiro central da avenida Brasil, no bairro Compensa, Zona Oeste, está bastante comprometida e corre o risco de desabar. O problema, de acordo com os moradores da região, perdura há pelo menos três meses e bem em frente à sede da Prefeitura de Manaus. No local, uma das três faixas da pista, no sentido bairro/centro, está interditada deixando o trânsito ainda mais carregado, principalmente nos horários de pico.

A doméstica Paula Costa da Silva, 61, manifesta preocupação com as rachaduras que se espalham pela pista. Ela ressalta que a área está ficando cada dia mais perigosa e a qualquer momento pode desmoronar. “Ainda não caiu, mas vai cair porque ninguém faz nada. Por aqui passa caminhão carregado de tijolo e ônibus. O trânsito é movimento o dia todo. Não para. Mas pelo que estamos vendo só quando acontecer uma tragédia vão querer ajeitar”, afirmou.

E Paula tem razão porque a avenida Brasil é a principal via da Zona Oeste e onde estão localizadas não só a sede da Prefeitura de Manaus, mas também a do Governo do Amazonas. A via também dar acesso a ponte sobre o rio Negro, concentra escolas e centros de Atenção Integral à Criança (Caic) e a Melhor Idade (Caimi), além de diversos empreendimentos empresariais. “Imagina se essa situação não tivesse acontecido em frente à prefeitura? ”, questionou o vendedor Ulisses Silva, 23.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) informou que está executando a elaboração do projeto básico para contratação da empresa especializada que irá realizar a obra de implantação de uma nova estrutura. O projeto visa solucionar o desnivelamento em arrimo de concreto da ponte existente. “A ponte sofreu um desmoronamento do apoio do gabião devido ao aumento do nível do igarapé”, explicou em nota.

Atualmente, conforme a pasta, a obra está em fase de finalização da elaboração do projeto base para a contratação de empresa especializada para executar os serviços de infraestrutura da nova ponte toda com estrutura mista, em concreto armado e metálico. A previsão é que no próximo mês as obras já sejam iniciadas.

A Seminf informou ainda que o processo seguiu rito ordinário da Lei 8.668/93, que estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras. Assim, contratou-se uma empresa para fazer sondagem do terreno, perfil do solo, bem como um especialista para emissão do cálculo estrutural da futura ponte. Estudos já realizados.

Drenagem deu o sinal de alerta

O problema no trecho da avenida Brasil, foi identificado, de acordo com a Seminf, durante os trabalhos de dragagem que foram executados no mês de maio, no igarapé do Franco, que passa pela avenida Brasil, onde a pasta atuou com serviços de dragagens. Na ocasião, a secretaria realizou o levantamento emergencial, onde a equipe de engenharia da pasta chegou à conclusão que o trecho precisaria ser interditado imediatamente para não causar mais impacto na área com movimentos de veículos no local que sofreu afundamento de pista.

Fiscais de trânsito

Para a realização dos trabalhos na avenida Brasil, uma faixa à esquerda da avenida Brasil, no sentido bairro/centro, está interditada por tempo indeterminado. A área está isolada e sinalizada com cones. Conforme a Seminf, agentes do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização de Trânsito (Manaustrans) estarão no local para monitorar a circulação de veículos na via.

Espaço livre para a criação do aedes

A avenida Brasil, no bairro Compensa, Zona Oeste, também sofre com a falta de manutenção de seu canteiro central, sobretudo junto as obras destinadas a oferecer acessibilidade a cadeirantes. Muitos desses espaços estão em calçadas danificadas que impossibilitam a passagem de cadeirantes pelo local.

O pedreiro Pedro Inácio Mendonça Marinho, 47, observa que a avenida Brasil é uma das poucas vias da cidade com uma boa acessibilidade para cadeirante, mas deixa a desejar quanto a manutenção desses espaços. “Acredito que por não existir fiscalização, a prefeitura acha que está tudo bem”, evidenciou.

Também na avenida Brasil,  o descaso com a estrutura da praça e do monumento dedicado a ponte sobre o rio Negro chama a atenção dos moradores. O espaço custou mais de R$ 5,5 milhões aos cofres públicos e hoje se tornou depósito de lixo e água. “Só está servindo para os moradores de rua”, apontou Pedro.

Por falar em moradores de rua, são alguns deles que limpam a área. Ontem, o morador de rua Luciano Ferreira Marques, 23, aproveitou a chuva para lavar uma parte dela. “Como a gente dorme aqui sempre estamos limpando porque aparece muito mosquito e formiga com o lixo e a água que se acumula”, disse.

Empurra, empurra

A Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), por sua vez, informou que a construção do totem da ponte foi de responsabilidade do Governo do Amazonas. Ocorre que, no momento em que uma obra está concluída, principalmente neste caso específico, situada no perímetro urbano de Manaus, ela sai da responsabilidade do Estado, passando para a esfera do município.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) informou que a manutenção do monumento é de responsabilidade do Governo do Estado.

Amazomianarede-Acritica/ Silane Souza

 

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